22/08/2023
Agronegócio

Geada não prejudica safra de Guarapuava e região

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As temperaturas baixas registradas nos últimos dias não trouxeram prejuízos para os produtores de hortaliças e do milho safrinha de Guarapuava e região, ao contrário do que aconteceu em outras regiões do Estado.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Artur Bittencourt, as geadas eram esperadas pelos agricultores da região. “É normal esta época a ocorrência de geada”, explica.
Eles já contam com as pequenas perdas, mas nada significativo. Segundo Bittencourt, pode ser que tenha prejudicado algum plantio tardio. “Os prejuízos foram de pouca significância, porque é normal a ocorrência de geada no período. Alguma plantação tardia como de milho safrinha ou de feijão da seca pode ter sido prejudicada. Algumas áreas de pastagem também sofrem com as baixas temperaturas”, observa o engenheiro agrônomo.
A região de Guarapuava é composta por 12 municípios. Além da sede, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Foz do Jordão, Candói, Campina do Simão, Cantagalo, Goioxim, Palmital, Laranjal, Turvo e Prudentópolis.
 
Outras regiões
A perda na colheita de grãos pode chegar a 23% em outras regiões.De acordo com Margorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), ainda é cedo para afirmar, mas os grãos foram os mais prejudicados com a geada. Por causa disso, o Estado, que tinha potencial de colher 6,4 milhões de toneladas, colherá 4,9 milhões, 23% a menos do que o estimado. “A seca durante o plantio e as geadas na fase de maturação foram os responsáveis por essa diminuição. Com o frio intenso, pelo menos 65% da área de 1,5 milhão de hectares plantada no Estado será perdida. O restante (35%) já está em estado de maturação e não sofrerá tanto com essa geada. No entanto, acreditamos que mesmo assim apenas 2% de toda a safra estadual poderá ser colhida, pois o frio está apenas começando”, explica a engenheira.
Demarchi afirma ainda que esses 65% correspondem às plantas que ainda estão em desenvolvimento significativo e no estágio de frutificação, por isso a perda. Os 35% restantes representam as plantas que já estão em avançado estado de maturação. “O milho é uma cultura de verão”, lembra.
Sobre as hortaliças, Demarchi conta que são culturas de crescimento rápido, por isso não devem ser tão prejudicadas. “Quem planta hortaliça aqui usa estufas ou espécies mais tolerantes e sabe dos riscos que o frio causa”, avalia.
 
Texto: Andréa A. Alves
Foto: arquivo Rede Sul de Notícias

Cristina Esteche

Jornalista

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