A inclusão de uma nova rodovia no pacto de concessões do Governo Federal foi uma das missões dadas pelo Governador Carlos Massa Ratinho Junior à bancada federal do Paraná.
Trata-se de 205 quilômetros de percurso ligando Campo Mourão e Guarapuava. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, a via contempla trechos da BR-487, entre Campo Mourão e Iretama. Além da PR-460, entre Iretama e Pitanga; e da PR-466, entre Pitanga e Guarapuava.
Conforme a Agência, a demanda foi tratada durante encontro, nesta segunda (27), no Palácio Iguaçu quando o governador foi o anfitrião de deputados federais paranaenses.
Assim, durante o encontro ficou estabelecido, também, que o Governo do Estado e os parlamentares vão se reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em Brasília. Será para detalhar o cronograma da nova concessão de rodovias no Estado, previsto para entrar em vigor em novembro de 2021. Conforme a Agência, o Paraná passará de 2,5 mil para 4,1 mil quilômetros de estradas pedagiadas, em processo que envolve também a União.
PAUTAS
Além do pacote de concessões, o governador Ratinho Júnior, tratou também da reforma tributária. Além da privatização da refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras. Essas duas últimas em Araucária. A nova visita do presidente Jair Bolsonaro ao Paraná, prevista para ocorrer no dia 7 de fevereiro, também foi discutida.
De acordo com Ratinho Junior o objetivo da reunião, a primeira em 2020 com os parlamentares, foi criar uma agenda comum do Estado em Brasília. Além de unificar forças em torno de pautas federais que são importantes para o Estado.
Esse tipo de encontro com a bancada não era muito comum no Paraná. Fizemos várias no ano passado e seguiremos nos encontrando periodicamente. É preciso que a nossa bancada esteja atenta lá em Brasília, buscando ajudar o Paraná.
O governador reforçou que o Governo do Estado está mobilizado em busca de alternativas para o encerramento das atividades da fábrica de fertilizantes Ansa, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A empresa contava com 396 funcionários, todos desligados. Assim, nesta quinta (30), Ratinho Junior vai ao Rio de Janeiro para uma agenda com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
De acordo com a pauta, houve também a discussão sobre a privatização do primeiro lote de refinarias da Petrobras, previsto para ocorrer ainda neste ano e que deve incluir a Repar. “Entendemos que privatizar é algo do mercado, mas vamos buscar o maior número de informação possível para que a população não seja prejudicada”. Segundo Ratinho Junior o Governo do Estado está em busca de uma alternativa.
A PETROBRAS
Conforme a Petrobras, os resultados da Ansa demonstram a falta de sustentabilidade do negócio. : somente de janeiro a setembro do ano passado, o prejuízo foi de quase R$ 250 milhões. As previsões apontavam para um resultado negativo superior a R$ 400 milhões em 2019. “É um assunto muito delicado, que gera muitas dúvidas. O governador vai ao Rio em busca de uma solução adequada à realidade do nosso Estado”, afirmou o deputado federal Rubens Bueno.
BOLSONARO EM CURITIBA
Ratinho Junior informou também que o presidente Jair Bolsonaro confirmou uma nova visita ao Paraná. Assim, está prevista para ocorrer no dia 7 de fevereiro (sexta). Conforme o governador, na ocasião, serão anunciados a liberação de recursos para Apaes e outras entidades do Estado. Conforme o Governo, parte do investimento foi possibilitado por emendas parlamentares da bancada federal.
“Vamos aproveitar para organizar uma grande reunião entre deputados, governador e o presidente. Debater tudo aquilo que é mais importante para o Paraná”, destacou a deputada federal Aline Sleutjes. O local e o horário da agenda ainda não estão definidos.
REFORMA TRIBUTÁRIA
De acordo com o governador o Estado está atento à movimentação da União em torno da reforma tributária. O novo sistema de tributação prevê a unificação impostos federais, estaduais e municipais (especialmente ICMS e ISS) para a criação de um tributo único, chamado de IBS (Imposto de Bens e Serviços). A expectativa é que a reforma seja votada no primeiro semestre de 2020.
“Há uma série de questões que envolvem o Paraná diretamente. Pontos que podem nos beneficiar e outros que podem nos prejudicar, por isso a colaboração dos nossos deputados é fundamental”.
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