22/08/2023
Segurança

Governo lança programa “Paraná Seguro”

O governador Beto Richa e o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, lançam nesta terça-feira (16) um programa para reestruturar o sistema de segurança pública no Paraná. Denominado Paraná Seguro, o projeto prevê, entre outras ações, a contratação de mais policiais, compra de viaturas, armas, munição e equipamentos, construção e revitalização de batalhões, delegacias e sedes do IML, capacitação profissional, fortalecimento das corregedorias, criação da ouvidoria da polícia e a criação do novo Fundo de Segurança Pública.

O objetivo do programa é aumentar o policiamento nas ruas e melhorar o atendimento à população, que, por meio dos Conselhos Comunitários de Segurança, poderá participar da definição de prioridades e desenvolver campanhas educativas. A implementação do Paraná Seguro será financiada com recursos próprios do Estado, da transferência e repasses da União e de créditos do BNDES.

A situação da segurança pública no Paraná

Durante 2011 foi realizado um diagnóstico que avaliou a segurança pública no Paraná. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Michelotto, o resultado mostrou que a segurança pública do estado estava caótica, com a falta de efetivo, poucas viaturas e cadeias super lotadas.

Outro dado revelado por Michelotto foi de que 70% das cidades do Paraná não tem policial civil e 18 comarcas estão sem delegado de carreira. “Nosso maior problema é a falta de efetivo. Para regularizar a situação teríamos que contratar cerca de 3,5 mil homens”, relata o delegado-geral.

Polícia Civil de Guarapuava

A situação da Polícia Civil de Guarapuava não é diferente. O delegado-chefe da 14° Subdivisão Policial de Guarapuava, Ítalo Biancardi Neto, diz que com a falta de recurso humano os policias muitas vezes não têm como dar um atendimento adequado para a população.

Atualmente a 14ª SDP conta com o trabalho de 16 investigadores e 08 escrivães, porém o número de abstenção é grande (pessoas que saem de licença maternidade, licença médica ou férias). “Hoje temos apenas seis investigadores fazendo investigações, os outros estão de licença ou foram remanejados. O ideal seria dobrar o nosso efetivo”, comenta Biancardi.

Cristina Esteche

Jornalista

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