22/08/2023




Guarapuava e cidades da Região integram ‘Caminhadas’ de 2020

Guarapuava, Rio Bonito do Iguaçu, Cantagalo, Pinhão, Prudentópolis, Pitanga, Turvo, Reserva do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Bituruna estão no circuito

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Guarapuava e cidades da Região integram ‘Caminhadas’ de 2020 (Foto: Emater/Campo Mourão)

O Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater já divulgou o calendário de 2020, com roteiros em todo o Estado e que incluem caminhadas diurnas, noturnas, rotas de cicloturismo e até remada. E entre os 160 circuitos já foram confirmados no Paraná para 2020, estão Guarapuava, Cantagalo, Prudentópolis, Pitanga, Turvo, Reserva do Iguaçu, Pinhão, Bituruna e Rio Bonito do Iguaçu.

No ano passado, cerca de 70 mil caminhantes participaram dos trajetos no Paraná. São trajetos em meio à natureza, passando por propriedades rurais e destinos que muitas vezes fogem do radar dos turistas. O Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater divulgou o calendário 2020 dos eventos, com roteiros em todo o Estado que incluem caminhadas diurnas, noturnas, rotas de cicloturismo e até remada.

Assim, desde a primeira rota, organizada em 2005 em São Miguel do Iguaçu, as Caminhadas na Natureza ganharam terreno no Paraná. O Estado concentra mais da metade dos cerca de 300 circuitos brasileiros catalogados pela Anda Brasil, a Confederação Brasileira de Esportes Populares, Caminhadas na Natureza e Inclusão Social.

A prática surgiu na França em meados do século XX para incrementar a economia em Regiões rurais arrasadas pela Segunda Guerra Mundial. Com isso, a ideia se alastrou pelo mundo não só como atividade esportiva, mas também valorizando o turismo rural. De acordo com a gestora estadual de Turismo Rural do instituto, Terezinha Busanello Freire, essa é uma forma de fazer girar a economia no campo.

(Foto: Emater/Campo Mourão)

As caminhadas são gratuitas, mas os agricultores sempre têm a oportunidade de servir um almoço ou café da manhã e vender os produtos feitos por eles aos caminhantes. Mais do que um esporte saudável, as Caminhadas na Natureza permitem que as pessoas conheçam o meio rural, aprendam a conservar o meio ambiente e a valorizar os produtores locais, além de gerar renda às famílias dos agricultores.

Em muitos locais, a comunidade prepara um café da manhã para o início do trajeto e um almoço no final, feitos com produtos caseiros, típicos de cada Região. Os agricultores também podem vender o que é produzido em sua propriedade, como frutas, verduras, queijos, compotas, geleias e produtos artesanais.

(Foto: Emater/Campo Mourão)

CIRCUITOS

As caminhadas têm em média 10 quilômetros, com percursos que levam em torno de quatro horas. Os caminhantes são orientados a irem com roupas e calçados apropriados, a se manterem hidratados e a não deixarem lixo pelo caminho. Entretanto, os roteiros do cicloturismo são mais longos e exigem que os participantes usem a própria bicicleta.

De acordo com Terezinha, cada circuito é único, construído a partir da cultura local. Além disso, leva em conta a história da cidade ou daquela localidade. Alguns passam por dentro de propriedades rurais, por trilhas no meio da mata, e outros seguem por caminhos com grande apelo turístico, como o Cânion Guartelá em Tibagi. São opções para todos os gostos, desde cachoeiras até praias.

(Foto: Emater/Campo Mourão)

Na Região de Guarapuava, integram o circuito da Caminhada da Natureza:

    • Circuito São Francisco (15/03), em Guarapuava;
    • Caminho da Reforma Agrária (19/04), em Rio Bonito do Iguaçu;
    • Circuito dos Tropeiros (17/05), em Cantagalo;
    • Caminhada de Cata ao Pinhão (31/05), em Pinhão.
    • Cicloturismo – Rota do Pinheiro de Pedra (7/06), em Prudentópolis;
    • O Circuito da Família (2/08), em Pitanga;
    • Circuito Terra dos Pinherais (23/08), em Turvo;
    • O Circuito do Bambu (6/09), em Reserva do Iguaçu;
    • Circuito da Primavera – Campo das Azaleias – Faxinal do Céu (20/09), em Pinhão;
    • O Circuito Gramadinho (8/11) em Laranjeiras do Sul;
    • Circuito Rota do Vinho (8/11), em Bituruna;
    • E o Circuito das 7 Cachoeiras (13/12), em Pinhão.

(Foto: Emater/Campo Mourão)

Além da Região de Guarapuava, se destacam ainda os circuitos que passam por lugares históricos ou por colônias que mostram o roteiro da imigração do Paraná. É o caso dos Caminhos de Peabiru, uma antiga rota utilizada por indígenas antes da chegada dos colonizadores europeus. A rota ligava o litoral brasileiro à Região dos Andes, no Peru.

Em Quatro Barras, o roteiro dos Jesuítas do Paraná percorre caminhos construídos no século 17, que ligavam Curitiba ao Litoral e eram muito utilizados por caçadores, mineradores, indígenas e jesuítas. Entretanto existem ainda o Circuito Italiano em Colombo; das Colônias Polonesas, em Campo Largo. E ainda, a Pedalada dos Caminhos dos Eslavos, em Fazenda Rio Grande, entre muitos outros. É importante ficar de olho no calendário, já que os circuitos exigem inscrição prévia.

ORGANIZAÇÃO

Responsável pela implantação das Caminhadas na Natureza no Estado, o Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater vai aprimorar, neste ano, as metodologias das Caminhadas na Natureza para valorizar ainda mais o turismo rural. Assim, a ideia é promover oficinas com os municípios, agricultores e organizadores para tirar mais proveito do potencial econômico da prática e profissionalizar a venda de produtos.

Além disso, também estão sendo preparados roteiros voltados especificamente para atividades da agricultura familiar, como rotas do queijo, do café, de flores e de frutas, que têm foco no turismo de experiência e na imersão nas propriedades rurais. E por fim, estão previstas ainda, a criação de circuitos permanentes de caminhadas no Paraná, a exemplo do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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