Guarapuava entra no combate a bebidas adulteradas com metanol

Em resposta ao recente alerta sanitário no Paraná sobre a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol, Guarapuava reforça as ações de vigilância. A  Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária, firmou uma parceria estratégica com a Agência de Inovação Tecnológica (Novatec) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A parceria vai monitorar a qualidade de produtos apreendidos.

A medida é crucial diante da confirmação de novos casos de intoxicação por metanol em diversas regiões do Estado. A substância, que é altamente tóxica, pode causar cegueira, danos neurológicos graves e até a morte. A preocupação estadual impulsionou a ação local para barrar a circulação de produtos falsificados.

De acordo com a nova parceria, Guarapuava passa a fazer uma triagem laboratorial rápida nas amostras de bebidas apreendidas. O teste inicial verificará a presença de metanol. Caso haja resultado positivo, a amostras egue para análises confirmatórias mais detalhadas em laboratórios credenciados, como o Lacen (Laboratório Central do Estado do Paraná).

O secretário de Saúde, Márcio Brunsfeld, destacou a importância da colaboração com a universidade.

Essa parceria com a Vigilância Sanitária e o Novatec nos traz ainda mais segurança. Conseguimos rastrear possíveis falsificações de bebidas com metanol, o que fortalece a vigilância e nos permite agir com rapidez.

Além de identificar as contaminações, a parceria da Unicentro tem um desdobramento sustentável. Conforme a Universidade, as bebidas que passarem pela triagem e apresentarem resultado negativo para metanol são destiladas no laboratório da universidade, transformando-se em álcool. Esse material é, então, destinado às equipes da Secretaria de Saúde para ser utilizado em ações de higienização e nos atendimentos das unidades de saúde.

O reitor da Unicentro, Fábio Hernandes, sublinhou o papel da instituição no apoio à comunidade. “A nossa Agência de Inovação […] iniciou as tratativas para realizar uma pré-análise das bebidas, uma triagem para identificar possíveis contaminações por metanol e barrar o consumo desses produtos”. De acordo com o reitor, este é “o papel da universidade: apoiar e estar junto da comunidade.”

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