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sexta-feira, 31 de jan. de 2025


Cotidiano Em Alta Guarapuava Saúde

Guarapuava lidera ‘Genomas Paraná’ com 3 mil amostras coletadas

Pesquisa em parceria com universidades e instituições de pesquisa, faz parte do 'Vale do Genoma', ecossistema de inovação em biotecnologia

Com apoio do Estado, pesquisa do DNA dos paranaenses já coletou 3 mil amostras (Foto: IPEC Guarapuava)

O projeto Genomas Paraná, lançado em 2023 com o financiamento do Governo do Estado, tem Guarapuava como foco principal. É na cidade que encontra-se em andamento a fase-piloto da pesquisa. Com mais de R$ 6 milhões em investimentos, o projeto já coletou três mil amostras biológicas na cidade. Destas, 280 já encontram-se analisadas com tecnologia avançada.

De acordo com o objetivo, o trabalho tem como foco o mapeamento do perfil genético e epidemiológico da população paranaense, em especial a de Guarapuava. Conforme o professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste e coordenador do projeto, David Livingstone Figueiredo, tudo isso para melhorar diagnósticos e tratamentos de doenças crônicas como câncer, diabetes e obesidade.

O apoio do Governo do Paraná nos permitiu adquirir equipamentos, materiais de laboratório que são caros, bolsas de pesquisadores e nos colocar em evidência na pesquisa genética do País.

A pesquisa, feita em parceria com universidades e instituições de pesquisa, faz parte do ‘Vale do Genoma’. Trata-se de um ecossistema de inovação em biotecnologia. A fase inicial prevê a coleta de 4.500 amostras, sendo duas mil por amostragem aleatória e dois mil por conveniência. Além de 500 amostras de idosos acima de 80 anos. Nos próximos três anos, a expectativa é coletar mais quatro mil amostras.

Conforme o programa, as amostras coletadas em Guarapuava — sangue, saliva e fezes — são analisadas para extração de moléculas como DNA e RNA. “Essa coleta proporciona dados que irão apoiar diagnósticos mais precisos e o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à saúde”. O projeto também criará um Banco de Dados integrado com informações de saúde, clima e saneamento.

Esse trabalho utiliza Inteligência Artificial para oferecer soluções para diagnósticos precoces. Além disso, o Genomas Paraná faz parte do Genoma SUS. Uma iniciativa nacional do Ministério da Saúde, que vai criar um banco de dados genéticos com 21 mil brasileiros. Esse reconhecimento nacional, conforme disse David Figueiredo, garante ao Paraná um investimento de R$ 30 milhões para o avanço do projeto nos próximos três anos.

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Cristina Esteche

Jornalista

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