Com as novas mudanças propostas pelo Governo do Paraná na área de segurança pública, Guarapuava poderá ter uma delegacia específica para investigações na área criminal. O anúncio foi feito pelo delegado-chefe da 14ª. Subdivisão Policial, Italo Biancardi Neto, à RSN na tarde de ontem (02).
Para viabilizar esse projeto Italo já esteve com o prefeito Fernando Ribas Carli há duas semanas solicitando a doação de uma área mínima de 3 mil metros quadrados ao Estado para que a nova delegacia seja construída. De acordo com o delegado, um dos terrenos apontados por Carli é atrás da Receita Estadual onde seria construída a sede do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) ainda no Governo de Roberto Requião. “Caso esse terreno não dê certo o prefeito já nos garantiu que vai arrumar outro”, disse o delegado.
De acordo com Italo Biancardi Neto, para que esse novo projeto se concretize será necessário que a 14ª. Subdivisão Policial e a Cadeia Pública de Guarapuava sejam transferidas da Secretaria de Segurança Pública para a Secretaria de Justiça. Outra opção seria que apenas a cadeia passasse a ser responsabilidade da Seju. Nesse caso a 14ª. SDP continuaria como está. “A hipótese mais provável é que seja criada uma nova delegacia, pois existe esse projeto no Estado cujas obras já estão sendo licitadas e Guarapuava está nessa lista”, disse Ítalo. Para o policial, assim sendo, o Governo estará cumprindo o que prevê o artigo 144, parágrafo 4º. Da Constituição Brasileira sobre as atribuições da Polícia Civil (“Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares”).
O CADEIÃO
Hoje a Cadeia Pública de Guarapuava convive com a superlotação de presos. Projetada para ter apenas 32 pessoas, já que por lei a capacidade de uma cela é para um único preso, já na construção foi feita ilegalmente ao prever quatro camas num espaço de uma. Ou seja, seriam 128, mas a atual situação é 240 presos. “Já foi construída ilegalmente e a competência dos presos sempre deveria ter sido da Secretaria de Justiça. A nossa função é investigar crimes” ratifica Italo Biancardi Neto.
Com essa transferência os presos poderão ter atividades sócio-educativas a exemplo do que acontece na PIG. “Espaço existe, o que falta é dinheiro”, diz Italo. O delegado sugere que no solário possa ser construída uma escola e no pátio, uma oficina. Hoje não existe nenhuma atividade que ocupe o tempo dos detentos.