Guarapuava registra 100 mm de chuvas em 30 minutos

Guarapuava foi a cidade do Paraná com maior volume de chuvas no temporal do último sábado, dia 11. As estações meteorológicas registraram um índice generalizado na cidade na média de 100 milímetros, em apenas 30 minutos, quantidade que é registrada ao longo de um mês inteiro.

A população de Guarapuava ficou assustada com a força das águas, que alagou diversos pontos da cidade, chegando a pensar que o problema era o entupimento de bueiros. Uma avaliação posterior ao temporal constatou que a canalização não está obstruída e que a causa é mesmo a intensidade de chuvas em tão curto espaço de tempo.

Mesmo se fosse duplicada a capacidade das bocas de lobo e a bitola dos canos, haveria acúmulo nas regiões mais baixas. Para evitar completamente essa possibilidade, a Prefeitura e a Sanepar teriam de refazer todo o sistema, abrindo diversas ruas, para fazer nova canalização. Só seria viável, segundo os técnicos, se o fenômeno climático se repetisse todo ano, o que, pelas avaliações, é considerado improvável.

OBRAS NOS BAIRROS

Nos bairros de Guarapuava, onde há seguidos alagamentos, a Prefeitura vem desenvolvendo projetos de tubulação para drenar as águas pluviais. As áreas vulneráveis estão próximas a rios, que acabaram sendo habitadas irregularmente e assim se perpetuaram ao lono do anos, passando por diversos prefeitos. As obras no momento estão concentradas na Vila Carli, através da Surg. Na sexta-feira (10), véspera do temporal, o prefeito Cesar Silvestri Filho e o presidente da Surg, Fernando Damiani, percorreram as obras.

Nesta segunda e terça-feira, as chuvas se fixaram em regiões de Santa Catarina, em precipitações inferiores a Guarapuava (faixa de 60 mm) e provocando estragos ainda maiores. Na região catarinense do Alto Vale do Itajaí, diversas comunidades ficaram alagadas. A Defesa Civil de Santa Catarina tem ampla experiência com fenônmenos climáticos de grandes proporções e assim mesmo não consegue evitar os problemas.

Em Guarapuava, o prefeito Cesar Silvestri Filho determinou que a Defesa Civil, com ação cooperativa entre a Secretaria de Assistência Social, Surg e Corpo de Bombeiros, fiquem em alerta permanente para socorrer vítimas das áreas ribeirinhas da cidade, na eventualidade de o fenômeno se repetir.