22/08/2023


Agronegócio Guarapuava Paraná

Guarapuava sedia fórum sobre o fim da vacinação contra aftosa no Paraná

Suspensão deixa o Paraná entre nos melhores mercados de proteínas animais

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Paraná vai deixar de vacinar contra aftosa (Foto: Jaelson Lucas/ANPr)

Guarapuava sedia nesta terça (21), mais uma etapa do fórum “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”, promovido pelo Governo do Estado e parceiros com o objetivo de debater a suspensão da vacina contra febre aftosa no estado. O fórum começou no dia 14 de maio em Paranavaí.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara e o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, participam do encontro no auditório Francisco Contini na Unicentro, com representantes de municípios da região. Além dos produtores, participam entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público.

Segundo Ortigara, após a campanha de vacinação de maio de 2019, que atinge bovinos e búfalos de até 24 meses, o Paraná deixa de vacinar contra febre aftosa. Em setembro, o Ministério da Agricultura publica um ato normativo que mudará o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhecerá a condição do Paraná em 2021.

“Temos boas condições técnicas para garantir a defesa agropecuária do estado e, com a suspensão, temos a possibilidade concreta de entrar nos melhores mercados de proteínas animais”.

Para o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, o Paraná está preparado para o diagnóstico rápido da doença, que não se manifesta desde 2005. “Estamos realizando treinamentos, analisando o trânsito de animais e garantindo fortalecimento de barreiras nas divisas do Estado. São 33 postos de fiscalização”, disse. Cargas em trânsito de animais vacinados poderão transitar pelo Paraná desde que passem por pontos de ingresso estabelecidos pela Adapar.

(Foto: Reprodução)

EXPORTAÇÕES

Em março deste ano, os técnicos Marta Oliveira Freitas (Adapar) e Fábio Peixoto Mezzadri (Deral/Seab) divulgaram um estudo que mostra que o novo status pode dobrar as exportações de carne suína no Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano.

Este cenário é previsto se o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por China, Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária, e representam 64% do comércio mundial de carne suína.

Além disso, as cadeias produtivas de carne bovina, de aves e leite também serão beneficiadas com o acesso a mercados que remuneram melhor.

Cristina Esteche

Jornalista

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