Esta semana, a polêmica sobre as imagens da Boneca Momo em vídeos do YouTube assustou pais do Brasil inteiro, preocupados com a vulnerabilidade a que seus filhos poderiam estar expostos ao navegarem na internet. Em Guarapuava, pais e mães também testemunharam a aparição de Momo em meio ao conteúdo assistido pelos filhos.
Camila Silvestri é mãe de Luiza, de três anos, e contou ao Portal RSN que viu a inserção da personagem em um fundo preto e branco hipnotizante.
“Minha filha sempre pede para ver vídeos de massinha de modelar antes de dormir. Na semana passada, enquanto eu assistia com ela, a imagem da boneca Momo apareceu e ela disse assustada ‘mamãe, tira esse, tira, não quero esse’. Não tinha opção de pular anúncio, então tive que passar o vídeo todo”.
O trecho de vídeo foi inserido aleatoriamente no YouTube e mostra a boneca de olhos esbugalhados incentivando ações perigosas como automutilação e suicídio. Camila conseguiu interromper as imagens há tempo, pois costuma acompanhar a filha em todo o conteúdo que consome na internet.
De acordo com o psicólogo Mario Farias, é muito importante que os adultos monitorem os conteúdos assistidos pelos filhos, para que haja um controle de qualidade e temática.
Cabe ressaltar, que a idade sugerida para o começo do uso de aparelhos eletrônicos como: celular, tablet e computador inicia-se a partir dos 11 anos, com base nos estudos realizados pela psicologia e pela psicomotricidade até aqui.
Em entrevista ao Portal RSN, o psicólogo ainda lembrou o desafio da ‘Baleia azul’, que gerou várias vítimas crianças e adolescentes alguns anos atrás, que tiveram contato com as instruções de suicídio fornecidas pela internet.
“É importante que os pequenos vejam seus pais como um ‘porto-seguro’, um lugar onde possam encontrar alívio para os seus medos e solução para os seus problemas. Cabe aos responsáveis dialogar com seus filhos, orientando acerca dos possíveis perigos que esses vídeos podem proporcionar”.
A mãe Camila acredita que a tecnologia é uma ótima ferramenta para aprender, mas ela também pode oferecer vários perigos.
Existem mentes perversas e doentes que acabam tornando-a perigosa fazendo com que se limite o uso dela. Temos que ensinar nossos filhos a usar de forma sensata, com coerência, mas com três anos de idade ainda prefiro ver a Luiza brincando com suas bonecas e andando de bicicleta do que ficar refém de uma televisão ou um celular.