22/08/2023
Guarapuava Política

“Há saída para mulheres vítimas da violência em Guarapuava”, diz secretária

Secretária diz que há um conjunto de esforços para promover a reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho

mulher vitimizada

Sinal vermelho é um pedido de socorro (Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasil)

Guarapuava tem saída para as mulheres que são vítimas de violência doméstica. Com essa afirmação a secretária de Políticas Públicas Para Mulheres, Priscila Schran de Lima, diz que a ‘porta está aberta’ a partir da conscientização. Isso porque alternativas existem. “Temos um conjunto de esforços para promover a reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho”. Assim sendo, a secretária entende que há uma contribuição para a independência financeira da mulher e o fim do ciclo de violência.

Embora a Secretaria conviva com as consequências da pandemia da covid-19 que provocou o aumento no número de ocorrências, outro ‘fantasma’ assusta. De acordo com Priscila, há “quadros dificílimos de saúde mental”. Conforme a secretária, esse problema atinge tanto homens quanto as mulheres. Para se ter uma ideia, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM) atendeu no geral 822 novos casos, em 2022.

Desses, 10 mulheres recebem o auxílio-moradia de R$ 850 mensais. Outras cinco recebem a ‘Bolsa Emancipar’ de R$ 600 por mês porque tiveram que sair de casa e de Guarapuava, respectivamente. Nos dois casos há risco eminente de morte, conforme Priscila. De acordo com a secretária, a escalada da violência no município tem números.

Em 2021 foram 554 novas mulheres cadastradas e em 2022 outras 822 novas mulheres entraram para o cadastro.

A exemplo da parceria com o Ministério Público na Bolsa Emancipar, outras empresas também contribuem. “Duas empresas de Guarapuava vão contratar 20 mulheres vítimas de violência por ano. São 10 contratadas por empresa”. Outro projeto que vai permitir a ‘emancipação’ dessas vítimas, é a parceria com o Centro Universitário Campo Real. “Teremos oito bolsas por semestre para quem deseja fazer o ensino superior”.

PROJETOS

Além desses, outros 17 projetos de capacitação, ensino médio e fundamental (EJA), feira de artesanato no calçadão da XV de Novembro, entre outras ações, pautam o cotidiano da Secretaria. Há também uma Casa Abrigo que acolhe temporariamente as vítimas e os filhos.

E agora um novo projeto, entre outros, sai do papel. É a Casa da Mulher Brasileira, um programa federal. Para a obra já estão depositados R$ 1,030 milhão e outros R$ 500 mil de contrapartida do município. A ordem de serviço será assinada na noite desta quinta (12). Será às 18h30 no Teatro Municipal Marina Karam. A Casa vai ser construída na Praça Paulo Tschorn, em frente à Matriz Santa Terezinha.

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Cristina Esteche

Jornalista

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