22/08/2023
Guarapuava Segurança

Julgamento de Manvailer está confirmado para amanhã

Manobra da defesa do réu preso protocolada no início desta tarde não foi acatada. Julgamento tem início nesta quarta (10) às 9h no Fórum de Guarapuava

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Réu está preso desde 2018 (Foto: Arquivo/RSN)

A solicitação de adiamento do julgamento de Luis Felipe Manvailer, protocolada pela defesa do réu preso no início da tarde desta terça (9), não foi acatada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. A decisão ainda depende do parecer do Superior Tribunal de Justiça, mas a data segue mantida. O juiz local, Adriano Scussiatto Eyng, já tinha decidido que não há nenhum argumento concreto da defesa de Manvailer para pedir novo adiamento.

A decisão do TJ-PR, assinada pelo desembargador Paulo Edison de Macedo Pacheco, está descrito que é “inviável a concessão da ordem liminar”. A defesa do réu preso não se manifestou. O julgamento está agendado para esta quarta (10), a partir das 9h, no Fórum de Guarapuava.

SOLICITAÇÃO AO JUIZ

Nesta terça (9), a defesa dele alegou ao juiz, quando pediu o adiamento, que o “acusado e defesa estão sendo atingidos por manifestações levianas e discursos de ódio que ultrapassam, em muito, a simples manifestação do pensamento. O que surpreende não é apenas o tom ameaçador, mas a instigação da violência e a imposição de terror sobre aqueles que exercem a defesa e também aqueles que vão julgar a causa”.

Ainda no documento protocolado pela defesa do réu ao juiz local, há questionamentos sobre uma fala da acusação, sobre a situação de que mulheres se apresentaram para defender o acusado. “O que surpreende ainda mais é o fato de que os advogados atuantes na assistência de acusação estão – publicamente – estimulando a hostilidade, o discurso de ódio e a “demonização” do acusado, o que só agrava o quadro de insegurança. Em publicação recente na imprensa, os referidos advogados fizeram uma comparação do acusado a Hitler“.

Sobre esta fala os advogados de defesa de Tatiane afirmaram que: “De todo modo, acreditamos que não houve nenhum tipo de agressão ali. Inclusive, foi dito justamente que os jurados devem julgar com base em fatos, não em clamor público. O juiz de Guarapuava já decidiu que não há nenhum argumento concreto da defesa para pedir novo adiamento”.

DECISÃO DO JUIZ

Na decisão sobre a questão de segurança, o juiz afirmou que “o pedido formulado pela defesa não merece acolhida na medida em que desprovido de qualquer suporte fático-probatório a lhe conferir sustentação e, assim, exigir reforço de segurança para além daquele já observado por este Juízo em consonância às necessidades do processo, porquanto inexiste dado concreto a subsidiar a necessidade de se requisitar reforço policial”.

Além disso, a autoridade destaca que “não só na qualidade de Juiz Titular da 1ª Vara Criminal e Plenário do Tribunal do Júri, mas, também, de Diretor do Fórum da Comarca de Guarapuava, tomou todas as cautelas para a segurança daqueles que irão participar do Plenário”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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