Às 10h07 da manhã desta quarta (10), foi definido o conselho de sentença do júri popular do julgamento de Luis Felipe Manvailer. Assim, seis homens e apenas uma mulher compõem o júri popular. Dois jurados foram dispensados pela defesa e outros dois pelo Ministério Público. Os trabalhos começaram com 19 minutos de atraso. Às 10h36, após juramento, houve intervalo de 10 minutos. O embate promete ser acirrado.
O réu preso, chegou ao Fórum Desembargador Ernani Guarita Cartaxo em Guarapuava, por volta das 8h29 em uma viatura do Departamento Penitenciário. Ele foi recebido pela imprensa e por uma manifestação de mulheres e homens vestindo preto e pedindo justiça pela morte de Tatiane Spitzner, em julho de 2018.
Veja o momento em que Luis Felipe Manvailer chega ao local.
O clima era de tensão, os advogados de defesa de Tatiane não quiseram conceder entrevista. A família dela também preferiu manter o silêncio diante da imprensa. A equipe da defesa do réu preso, uma comitiva de 14 pessoas, se uniu em oração em frente ao Fórum momentos antes da entrada oficial ao Tribunal. O representante do Ministério Público é Pedro Henrique Brazão Papaiz.
JULGAMENTO
O primeiro embate foi a cerca das provas apresentadas pela defesa do réu preso nesta semana, que foram rejeitadas pela Justiça. O representante do MP alegou que alegou que essas provas foram juntadas após às 23h, quando não havia expediente. “MP é contrário porque o prazo foi desrespeitado”, afirmou o promotor. A defesa afirmou ainda que o juiz está sendo incoerente pois aceitou novas provas da acusação. O juiz finalizou afirmando que “após às 23h a outra parte não pode ser informada” e indeferiu novamente. O embate promete ser difícil. Às 9h54 os representantes do júri ainda não tinham sido sorteadas.
De acordo com as informações, todas as testemunhas se apresentaram, exceto o médico Rodrigo Crema [testemunha da acusação] que comprovou uma viagem nesta data. Em primeiro depoimento, o médico afirmou que Tatiane não tinha sinais de depressão. Na sequência, os advogados do réu pediram condução coercitiva de Rodrigo Crema, já que ele “é uma testemunha importante que incendiou o processo e agora foge da intimação da lei”.
O MP afirmou que “a testemunha já tinha agendado a viagem e que compareceria na primeira data. Porém, com a resignação do julgamento, ele teria prejuízos financeiros”. O pedido de condução foi indeferido e o representante do MP alegou que “se a defesa achava tão importante [a presença de Crema] deveria tê-lo arrolado como testemunha”.
A previsão inicial do juiz é de que o julgamento dure até três dias.
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