A Justiça aceitou o pedido de denúncia oferecido pelo Ministério Público (MP), por meio da Promotoria de Justiça de Cantagalo, contra o ex prefeito Pedro Clarismundo Borelli por desviar ou aplicar indevidamente rendas ou verbas públicas do município. De acordo com o documento enviado à Justiça, as ações do político teriam ocorrido entre outubro de 2010 e março de 2012. Com o aceite, Pedro torna-se réu no processo.
No período, a prática irregular teria sido cometida 665 vezes pelo ex-prefeito, totalizando um montante de R$ 211.191,85 de verba pública. Segundo a denúncia, o dinheiro foi utilizado para custear gastos relacionados ao pagamento dos 353 servidores nomeados por ele sem concurso público, fora das hipóteses de contratação excepcional definidas por lei e em funções diversas aos cargos de direção, chefia e assessoramento para a realização de serviços gerais junto à Prefeitura de Cantagalo. Na ação, a administração pagava o valor médio de R$ 35 aos contratados por dia de serviço (diarista).
Na denúncia, o MP pediu, ainda, que em caso de sentença condenatória, seja fixado o dever indenizatório de reparação mínima em favor do município de Cantagalo, por parte do ex-prefeito Pedro Clarismundo Borelli. 12 nomes compõe uma lista de testemunhas que devem ser convocadas para as oitivas do processo.