22/08/2023
Segurança

Konjunski é acusado de ser o mandante de uma série de crimes

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Um crime desencadeado em outros envolve o ex-prefeito de Cantagalo João Konjuski (foto) e um grupo de pessoas ligado a ele, incluindo o ex-vereador Ponciano de Araújo. Konjunski retornou à prisão na tarde de ontem, terça-feira (2) por ser o mandante do assassinato de Valdecir Kovalski em março de 2008. Ponciano de Araújo e Sidnei Marcos da Silva, conhecido como Nei Barroso, estão denunciados, mas suas prisões ainda não foram decretadas.
A trama que começou a ser desvendada em novembro de 2009 quando a quadrilha liderada por Konjunski foi presa tem um rastro de pólvora e de mortes. O assassinato de Kovalski, por exemplo, tem origem em outros crimes que foram cometidos anteriormente e que agora são desvendados pelo delegado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ítalo Biancardi Neto em parceria com o Ministério Público de Guarapuava e MP de Cantagalo.
A primeira morte dessa série foi a do vigia de João Konjuski, João Manoel do Nascimento, o “Necão”. Ele foi assassinado durante a farsa montada em torno do suposto roubo de uma caminhonete de propriedade do ex-prefeito. Ou seja, Konjunski arquitetou um roubo fraudado do próprio carro e ainda mandou matar o segurança da casa. A intenção era receber o valor do seguro do veículo. Uma “recompensa” que audiência para investigar a morte do vigia, Konjuski admitiu ter recebido. Para dar veracidade ao suposto roubo, o vigia foi morto por Edenilson José de Almeida, conhecido como “Inho”. Meses após a fraude e o assassinato do vigia, Inho foi preso em cumprimento de mandado de prisão expedido pela Justiça da Comarca de Icaraíma, na divisa do Paraná com o Mato Grosso, onde teria cometido outros crimes. Na Cadeia, Inho se chateou com a falta de apoio de Konjunski e ameaçou que iria denunciá-lo como mandante da morte do vigia durante audiência que já estava marcada. Inho saiu da prisão e espalhou a sua intenção de dedurar o “patrão”. Poucos dias depois da ameaça, Inho também foi assassinado. Durante o seu velório, Valdecir Kovalski, que era seu cúmplice, disse que “sabia quem tinha feito aquilo” e garantiu que não ficaria quieto, referindo-se ao assassinato do companheiro. Em menos de 30 dias, Kovalski também foi assassinado. João Konjunski foi preso pela terceira vez, e agora por ser o mandante do homicídio de Kovalski. Ponciano de Araújo e Nei Barroso também estão sendo procurados pela policia por envolvimento nessa trama.
INVESTIGAÇÕES – As investigações sobre essa série de assassinatos correlatos começou há cerca de um ano em inquérito que começou na 14° Subdivisão Policial. “Como as pessoas envolvidas nesses crimes são as mesmas que já tinham sido presas pelo Gaeco por formação de quadrilha e de bando armado, receptação e posse de munições e materiais explosivos, a investigação, pela sua complexidade, foi repassada para nós”, disse o delegado do Gaeco, Ítalo Biancardi Neto à Rede Sul de Notícias na tarde desta terça-feira. “Conseguimos apurar os fatos dos delitos que foram gerados um em conseqüência do outro”, observou o delegado.

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Cristina Esteche

Jornalista

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