22/08/2023
Cotidiano

Kundun e Rureco protegem fontes de água. Distribuição de mudas beneficia famílias

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Guarapuava – A proteção de fontes de mananciais de água marcou o final de semana dos integrantes do Kundun Balê na comunidade quilombola Paiol de Telha.
Sob a orientação do presidente da Rureco Luiz Tomacheski, adolescentes, jovens e mães aprenderam uma técnica simples e que permite o barateamento do custo desse serviço nas propriedades rurais a partir da utilização de pedaços de canos de pvc, uma quantidade muito pequena de cimento e barro.
“A intenção é permitir que o pequeno proprietário rural proteja as minas de água quase sem custo algum”, afirma Tomacheski.
Para a bailarina do Kundun e estagiária de Publicidade e Propaganda, Afixirê Eliete dos Santos Oliveira, o trabalho foi produtivo. “Nunca imaginei que fosse tão fácil proteger um manancial de água. Se trata de uma atividade que vai garantir uma vida mais saudável às famílias e dentro da nossa espiritualidade estamos protegendo a energia de Oxum, protetora das águas doces”, explica.
O aprendizado que durou cerca de duas horas será re-transmitido a outras famílias. “Já escolhemos a segunda fonte que será protegida e já há outras famílias interessadas. Vamos repassar o que aprendemos”, anuncia Ana Maria Alves da Cruz, mãe de uma percussionsita do Kundun.A atividade faz parte também do projeto Herança Cultural, sub programa Diálogos Culturais (Universidade sem Fronteiras), da Secretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (SETI).

DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS
Com o patrocínio da Eletrosul e também financiamento da Agência de Cooperação Internacional Kerkinactie (Igreja em Ação), da Holanda, o Paiol de Telha desenvolve em parceria com a Fundação Rureco um projeto de distribuição de mudas de árvores nativas e frutíferas.
Segundo Tomacheski, a Eletrosul patrocina a compra de 1,6 mil mudas distribuídas para 18 grupos organizados em municípios da região. No Paiol de Telha foram distribuídas 100 mudas numa primeira etapa.
O projeto prevê a criação de uma área demonstrativa que deve ser escolhida pelos participantes do grupo.
No Paiol de Telha a área é na propriedade de Daniel Mergen. “Já plantamos as frutíferas e a nossa expectativa é que dentro de até três anos já estaremos produzindo e vendendo a produção”, afirma Rose Mergen. O plantio é consorciado com bata-doce, mandioca e outras culturas.
“É mais uma atividade que vai gerar renda para as famílias envolvidas”, comenta Ana Maria Alves da Cruz.
A segunda etapa prevê a distribuição de mudas de árvores nativas.

Cristina Esteche

Jornalista

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