sábado, 28 de jun. de 2025
Agricultura familiar Campos Gerais

Lula vem ao Paraná para consolidar o assentamento ‘Maila Sabrina’

Criado há 22 anos, o assentamento se torna referência em produção sustentável, organização coletiva e justiça fundiária no sul do Brasil

Presidente Lula (Foto: Ascom/PT)

Nesta quinta (29), a partir das 9h, o presidente Lula desembarca no Paraná para oficializar um dos atos mais simbólicos do terceiro mandato. Trata-se da criação do assentamento ‘Maila Sabrina’. A comunidade campesina resulta de 22 anos de resistência das famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A comunidade, instalada entre os municípios de Ortigueira e Faxinal, será palco de uma celebração popular com churrasco coletivo e apresentação da Orquestra Popular Camponesa.

Assentamento (Foto: Juliana Barbosa)

O território, de acordo com o Movimento, já abriga mais de 400 famílias e cerca de 1.600 pessoas. E hoje se apresenta como exemplo consolidado de agricultura diversificada, produção orgânica, reflorestamento e construção coletiva.

MODELO DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

De área degradada e usada para criação de búfalos, passou a ser modelo de recuperação ambiental e soberania alimentar, conforme o Governo Federal. A transformação, registrada em dados do projeto MapBiomas, mostra o avanço da floresta nativa em 21% nos últimos 20 anos.

Vista aérea do Assentamento (Foto: divulgação)

A área ocupada inicialmente em 2003, tinha a denominação como ‘Acampamento Che Guevara’. Em 2006, tornou-se ‘Maila Sabrina’, em homenagem a uma criança que morreu no local. Desde então, as famílias construíram infraestrutura comunitária própria. O local, conforme a estrutura, conta com escola itinerante, unidade de saúde, mercado, espaços esportivos e religiosos. Tudo com apoio das prefeituras locais e muita mão de obra em mutirão.

Assentamento produz alimentos (Foto: divulgação)

A regularização fundiária, oficializada por Lula, encerra um ciclo de ameaças de despejo e consolida um território com forte valor simbólico e político. O acordo foi mediado pela Comissão de Soluções Fundiárias do TJ-PR. Teve a participação do Incra, MPF, Defensoria Pública, Sudis e os antigos proprietários da fazenda, que serão indenizados.

De acordo com o desembargador Fernando Antonio Prazeres, a solução é “prova de que o diálogo institucional pode pacificar conflitos e garantir justiça social”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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