sábado, 21 de jun. de 2025
Cotidiano Em Alta Guarapuava

Mãe busca apoio para celíacos em Guarapuava

Mãe de Bernardo descobriu que ele tem a doença autoimune, é intolerante à lactose e que em Guarapuava não existe lei de amparo aos portadores

Bernardo e a mãe dele, Isabel (Foto: divulgação)

A Câmara de Vereadores de Guarapuava vota na sessão desta segunda (19) um projeto de lei em saúde pública. Proposto pelos vereadores Professor Pablo e Ike Silvestri, ambos do PP, o texto institui a Política Municipal de Proteção à Pessoa com Doença Celíaca em Guarapuava. Essa proposta atende solicitação de uma mãe, cujo filho é portador da doença.

De acordo com a história dessa família, há menos de um mês a vida da Isabel e do pequeno Bernardo mudou completamente. Após anos de dores abdominais persistentes e visitas frequentes ao hospital, finalmente veio um diagnóstico. Ou seja: Bernardo, de 10 anos, tem Doença Celíaca e intolerância à lactose.

Ele sempre reclamava de dores em toda a barriga. Fizemos muitos exames e nunca encontravam nada. Era angustiante ver meu filho sofrendo e não ter respostas.

Preocupada, Isabel decidiu buscar ajuda especializada. “Procurei um gastroenterologista pediátrico. Na primeira consulta disseram que era apenas intestino preso, mas como mãe, eu sabia que não era só isso. Pedi um exame para intolerância, e aí veio o diagnóstico.”

O laudo confirmou o que ela tanto suspeitava: Bernardo tem Doença Celíaca. Se trata de uma condição autoimune que impede a ingestão de glúten, proteína presente em alimentos comuns como pães, massas e bolos. A partir desse momento, a rotina da família mudou. Alimentação controlada, produtos específicos e mais atenção aos rótulos se tornaram parte do dia a dia.

BUSCA POR APOIO

Ao buscar informações sobre leis de amparo para celíacos no município de Guarapuava, Isabel descobriu que não havia nenhuma legislação local que garantisse proteção ou assistência a pessoas com a condição.

Fiquei muito frustrada. Como pode uma cidade do tamanho de Guarapuava não ter uma política voltada a essa população? Então decidi agir.

Conforme conta Isabel, ela procurou os vereadores e apresentou a preocupação e algumas ideias. Pediu para que eles criassem um projeto de lei que pudesse garantir direitos e visibilidade à causa celíaca.

O projeto, de acordo com os vereadores, propõe medidas de apoio a celíacos. São campanhas de conscientização, inclusão de opções sem glúten em merendas escolares e restaurantes públicos. Seguidos do incentivo à rotulagem clara de alimentos.

Para Isabel, é uma conquista que vai muito além da própria casa: “O Bernardo me ensinou a lutar. Se ele precisa de cuidados, outras crianças também precisam. Essa lei é por ele e por todos os celíacos da nossa cidade.”

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Cristina Esteche

Jornalista

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