*Reportagem com vídeo
Ela deixou o Rio Grande Sul logo após ter casado com gaúcho. Entretanto, desde que Marilise Michelin chegou em Guarapuava há mais de 20 anos, manteve viva as raízes do tradicionalismo. Além de ser domadora de cavalos, a habilidade com o laço é aperfeiçoada no dia-dia no sítio onde mora. Um dom que ela repassou aos filhos. “Uma lição bem ensinada e aprendida”.
Conforme Marilise, de todos os campeonatos que venceu até agora, o principal deles ocorreu no Parque das Nações em Crisciúma (SC). No fim de fevereiro, ela e a filha Thuane, que também é campeã de laço, deram à Guarapuava um título inédito ao País. “Pela primeira vez na história do tradicionalismo brasileiro, mãe e filha são campeãs juntas”.
A marca, de acordo com a gaúcha, ocorreu durante o Festival Nacional de Arte e Tradição Gaúcha (FENART – Edição Especial), 19º Rodeio Crioulo Nacional de Campeões e o 9º Jogos Tradicionalistas.
O GRANDE DESAFIO
Fora das pistas, Marilise, Thuane e Gabriel, outro filho que também já é campeão, enfrentam um desafio maior. De acordo com Marilise, a falta de apoio que afeta atletas de todas as modalidades, também atinge a família. “O laço e outras atividades tradicionalistas são modalidades específicas da cultura gaúcha. Portanto, está num meio mais fechado que reúne adeptos da nossa cultura. Mas Guarapuava e Região, essa cultura é muito forte. Contudo, sentimos a falta de apoio por parte dos órgãos competentes. Tudo o que fazemos há anos é divulgar o nome de Guarapuava trazendo títulos, fazendo bonito”.
De acordo com Marilise, o transporte dos animais para os rodeios é o que tem custo alto. Acampando em barracas, pedindo o auxílio de outros tradicionalistas e arcando com outras despesas, a família Michelin Haeffner segue pelos pagos. “Meu marido Sebastião é o nosso grande incentivador”. *Confira no vídeo o momento da vitória.
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