22/08/2023
Cotidiano

Malharias apontam baixa procura por uniformes escolares

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Guarapuava – As malharias e lojas especializadas na confecção de uniformes escolares estão apreensivas com a falta de movimento nas vendas. Mesmo na semana que antecede o início das aulas na maioria das escolas da cidade, poucos pais estão fazendo encomendas.
A proprietária da Saglosy, Silvia Dittert, diz que este ano o cenário está bem diferente dos anteriores. “Esta seria uma época mais forte, com mais procura, mas parece que os pais estão deixando para mais tarde. Ou então a famosa crise chegou”, comenta.
Os preços, segundo ela, subiram de 6% a 8% com relação a 2008. “O preço varia muito de um colégio para o outro. O que encarece o produto é o modelo, se apresenta muitos recortes na costura, bordados, faixas”, observa.
Também está reclamando da queda nas vendas a proprietária da Rabelo Uniformes, Diva Périco. “Não sei o que está acontecendo, faz 20 anos que trabalho no ramo e sempre tinha movimento bom nesta época do ano. Hoje não está nem 50% do movimento do ano passado. Muitos pais estão fazendo orçamento, mas não comprando”, fala.
Uma das medidas tomadas por Diva foi manter a mesma tabela de preços do ano anterior. “Ainda que não dependemos exclusivamente de uniformes escolares, trabalhamos bastante com empresas, pois caso contrário a situação estaria bem complicada. Hoje existe muita costureira de fundo de quintal, com preços bem inferiores, ou ainda as próprias mães que fazem curso de costura. E para piorar, a prefeitura distribui uniformes que manda fazer fora de Guarapuava, não incentivando o comércio local”.

Cristina Esteche

Jornalista

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