O primeiro interrogatório de Luís Felipe Manvailer como réu pela morte de sua então esposa, a guarapuavana Tatiane Spitzner, já tem data definida. Na tarde desta segunda feira (24), em decisão manifestada pela juíza Paola Mancini, responsável pelo caso de feminicídio, foi estabelecida a data de 22 de novembro para a realização do interrogatório do biólogo. Conforme determinação de Paola, Manvailer será interrogado às 13h. A decisão da juíza vem três dias após a divulgação do laudo de necropsia do corpo de Tatiane. O documento indicou que ela foi morta por asfixia mecânica, antes do seu corpo cair da sacada do prédio onde ambos moravam.
Além disso, a juíza determinou, ainda, datas para as oitivas de testemunhas que também devem se pronunciar no processo. Para a audiência de instrução e julgamento, a juíza determinou que 15 testemunhas sejam ouvidas sobre o caso, em 20 de novembro, também às 13h.
Nesta data, entre os intimados, estão o delegado Bruno Miranda Maciocek, que estava à frente da Delegacia da Mulher durante o inquérito do caso de Tatiane, e Obadias de Souza de Lima Júnior, chefe administrativo do Instituto Médico Legal (IML) de Guarapuava.
Além dos intimados, o réu e seus defensores também devem participar da audiência em 20 de novembro.
OUTRAS DECISÕES
Na determinação de Paola Mancini, a juíza manifestou, ainda, outras decisões e medidas referentes ao caso. A respeito do pedido de perícia técnica no aparelho celular de Rosenilda Fernandes Bielak, amiga de Tatiane Spitzner, que encaminhou prints de conversas entre as amigas, via WhatsApp, onde a vítima relatava problemas e ações violentas em seu relacionamento por parte do réu, foi indeferido pela juíza.
Sobre a quebra do sigilo das redes sociais do Luís Felipe e de Tatiane (Facebook e Instagram), Paola solicitou a especificação de qual material quer ter acesso (conversas inbox e publicações).
Advogados e assistentes técnicos da defesa de Manvailer foram autorizados a entrar no apartamento nº 403, do Edifício Golden Garden, local onde o casal residia e onde ocorreu a morte de Tatiane. Para tanto, exige que mantenha-se inalterada a localização de móveis e pertences localizados na sala e sacada do imóvel e, ainda, que tal ingresso seja acompanhado de agente policial designado pela Autoridade Policial responsável pelas investigações. A data do ingresso não foi divulgada.
Além de tais decisões, a juíza intimou, também, o responsável legal pelo estabelecimento guarapuavano Box Louge para que apresente as imagens captadas pelo circuito interno e externo de câmeras, referente à noite de 21 de julho, desde o início das atividades daquele dia, até a manhã do dia 22, em um prazo de 10 dias. O bar foi o local onde o casal estava antes de regressarem a seu apartamento e Tatiane ser morta.