Um novo material com as mesmas qualidades e o mesmo desempenho do amianto para fabricação de telhas foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O composto reúne quantidade reduzida de fibras sintéticas – que têm preço elevado no mercado – e foi baseado na estrutura de materiais naturais como o bambu.
No Brasil, o amianto é usado principalmente na fabricação de caixas d'água e telhas. Pesquisadores lembram que o produto é nocivo à saúde. No entanto, representantes de empresas defendem que é possível produzir o material de forma segura, garantindo a movimentação da economia e o emprego de milhares de trabalhadores. O amianto é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na mesma classe que o benzeno, formol e tabaco. Mais de 50 países já proibiram a substância.
Pelo menos cinco estados proíbem a extração, comercialização e o uso do amianto: São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Mato Grosso. A pedido das empresas produtoras, o Supremo Tribunal Federal analisa se a proibição nesses estados é constitucional.
O trabalho, feito com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi desenvolvida no projeto Cimento-Celulose, elaborado pelos professores Holmer Savastano e Vanderley John, da Poli-USP.
Fonte: Agência Brasil