Em meio às movimentações que antecedem o calendário eleitoral de 2026, a possível federação entre MDB e Republicanos ganha corpo como uma manobra política de peso. Digo isso porque o encontro entre Baleia Rossi e Marcos Pereira, presidentes nacionais das siglas, sinaliza a intenção de formar uma nova federação partidária com 88 deputados federais. Ficaria atrás apenas de União Brasil/PP (109) e PL (92) e à frente do PT, tradicional protagonista do Congresso.
“Voltei a me reunir com o colega Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, para dar continuidade às conversas sobre uma possível federação entre o Republicano10 e o partido que ele lidera. Este é o nosso segundo encontro, não por acaso, mas porque compartilhamos propostas importantes para o Brasil e uma visão comum de compromisso com a boa política”.
Se consolidada, a federação se tornaria a terceira maior força da Câmara dos Deputados, conferindo protagonismo na pauta legislativa e poder de barganha nas negociações com o Executivo e o Judiciário.
SOBREVIVÊNCIA PARTIDÁRIA
Mais do que números, entretanto, a proposta revela a aposta em estabilidade institucional e sobrevivência partidária. Isso porque as federações exigem atuação conjunta por quatro anos, funcionando quase como fusões operacionais. Em um cenário de cláusula de barreira cada vez mais exigente e pulverização partidária em declínio, a união entre MDB e Republicanos pode significar eficiência política e foco estratégico.
No Paraná, a federação nasceria com dois deputados federais: Sérgio Souza (MDB) e Diego Garcia (Republicanos). Além de quatro deputados estaduais que transitam entre o centro e a direita do espectro político. Sendo eles: Anibelli Neto, Batatinha (ambos do MDB), Tercílio Turini e Alexandre Amaro (Republicanos). Embora não componham o núcleo duro da base do governador, todos mantêm boa interlocução com o Executivo estadual. Além de desempenharem papel relevante em comissões e votações-chave da Assembleia Legislativa.
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