Novas provas começaram a aparecer desde que a médica que chefiava o setor da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba foi presa. Virgínia Soares de Souza é investigada por uma série de mortes na UTI do segundo maior hospital da capital.
Depois de um ano de investigações a polícia indiciou a médica por homicídio qualificado, porque as pessoas não tinham chance de se defender. Desde então famílias e pacientes que já foram atendidos por ela tem procurado a delegacia e se prontificado a prestar depoimento.
A própria equipe de trabalho fez as denuncias afirmando que ela desligava os aparelhos de respiração, fumava dentro da UTI e ainda chamava os enfermeiros através de um apito. Em 2011 a mesma já tinha sido suspensa por 30 dias por desentendimento com outros funcionários.
Um bilhete foi apresentado nesta quinta-feira (21) por uma paciente que pediu socorro as familiares. Nele estava escrito que ela precisava sair dali, pois tentaram matá-la desligando os aparelhos. Funcionários também afirmam que médica usava frases como “desentulhar a UTI”, que significava acelerar a morte de pacientes do SUS para dar espaço aos conveniados e particulares, pois era mais lucrativo.
O advogado de defesa, Elias Mattar Assad, informou que não há provas concretas, apenas várias certidões de óbitos, nenhuma assinada por Virginia e laudos do IML. Ela continua presa e todos os funcionários do setor foram substituídos.