Meurer é suspeito de envolvimento na Lava-Jato

Cristina Esteche com foto de Wenderson Araújo/GP

O deputado federal do Paraná Nelson Meurer (PP) teve o seu nome envolvido na Operação Lava-Jato.  O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, encaminhou nessa sexta (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados de movimentações registradas no sistema paralelo de contabilidade do Posto da Torre, de Brasília. O nome de Meurer está relacionado a remessas operadas pelo doleiro Carlos Habib Chater. Segundo o juiz, no curso das investigações há colhida "prova de possíveis crimes cometidos pelo deputado federal Nelson Meurer", que podem estar ligados ao esquema de desvio de dinheiro na Petrobras, segundo informou a Gazeta do Povo, neste sábado (24).. O parlamentar tem foro privilegiado.

“Embora seja prematura qualquer conclusão, os lançamentos podem retratar pagamentos efetuados por Carlos Habib Chater, a pedido de Alberto Youssef, ao referido parlamentar. Considerando o possível envolvimento de Alberto Youssef em lavagem de dinheiro de recursos desviados de obras da Petróleo Brasileiros S/A – Petrobrás, o fato deve ser submetido à avaliação do Supremo Tribunal Federal”, diz Moro.

Segundo as investigações, a planilha do Posto da Torre evidencia o pagamento de R$ 42 mil para “Nelson Meurer”, além de outras três remessas também encaminhadas, mas somente em nome de “Nelson”, no total de R$ 103 mil, segundo informações do jornal O Globo em novembro de 2014.

Ainda segundo a GP,  o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa indicou Meurer como um dos beneficiados pelo esquema. O doleiro Alberto Youssef afirmou que fazia remessas para Chater que, por sua vez, se encarregava de distribuir os valores para políticos em Brasília.