22/08/2023
Cotidiano

Moradores pedem abertura da Vicente Machado

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Da Redação

Cansados de aguardar por uma solução que amenize o caos diário que vivem nas proximidades da Capela do Degolado, os moradores se uniram ao aposentado Alcindo José da Rocha, de 75 anos, morador no local há mais de 20 anos, para encaminhar um abaixo assinado a Prefeitura de Guarapuava em meados de agosto do ano passado. Com pouco mais de 100 assinaturas o documento foi protocolado há pouco mais de 10 meses e até o fechamento desta matéria nenhuma resposta chegou ao aposentado.

A solicitação é para que a Prefeitura abra a rua Vicente Machado neste trecho. “Com a abertura da rua acabamos com este tormento aqui. Só quem mora aqui pode avaliar os riscos e a tensão sempre que se ouve um grito, garrafas sendo quebradas e até tiros. Só no último ano presenciei três assaltos e um esfaqueamento aqui em frente a minha porta envolvendo adolescentes de 14 a 16 anos”, conta o aposentado.

"As pessoas vinham rezar, fazer promessas, pedir graças na Capela. Lá dentro era cheio de fotogtafias, de muletas, de fitas. Agora as pessoas deixaram de vir por causa dessa bagunça. Que segurança uma pessoa vai ter em vir rezar aqui? Temos certeza que a abertura da rua e rondas policiais periódicas irão amenizar muito o problema", completa.

SEM ESGOTO

Outra grave situação que o senhor Alcindo enfrenta há anos é a não implantação do serviço de esgoto e a falta de limpeza do arroio central. “Isso é um valetão a céu aberto com um mau cheio absurdo, já que o esgoto de todo estes estabelecimentos e residências desenboca aqui. Moro no centro da cidade e não tenho o mesmo direito que outros cidadãos tem. Pago meus impostos religiosamente e inclusive a conta de água vem como se tivesse esgoto. Me disseram na Prefeitura que a obrigação de comprar as manilhas para a implantação do esgoto é minha”, conta. O lixo da sua residência tem que ser levado para a avenida já que os lixeiros não descem para buscar. Quando parentes o visitam, vindos de outras cidades, precisam deixar o carro estacionado na avenida, relata o aposentado.

Senhor Alcindo, com 75 anos, já perdeu as contas de quantas vezes procurou os órgãos públicos para que seu problema fosse solucionado. E foi ele que “correu” atrás dos demais moradores para colher as assinaturas do abaixo assinado. “Se não ligo constantemente para a Surg isso aqui vira um matagal e aí a malandragem aumenta ainda mais. Quando venta forte rezo para que a árvore na ponta da escadaria não caia em cima da minha casa. Abrem a minha torneira durante a madrugada e não fecham. São riscos e prejuízos de todos os lados”, desabafa o aposentado que trabalhou a vida inteira para conquistar seu pedaço de chão e ter uma aposentadoria digna e tranqüila. A parte dele, ele já fez.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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