CURITIBA – Um movimento silencioso está acontecendo dentro e fora da 2a Vara do Tribunal do Júri em Curitiba, onde se realiza a audiência de instrução de julgamento no caso Carli Filho.
O ex-deputado foi denunciado por duplo homicidio com dolo eventual pelas mortes dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Na noite do acidente, 7 de maio de 2009, Carli Filho dirigia em alta velocidade e estava bêbado.
Familiares, amigos e adeptos do movimento “190 km/h é crime” estão chegando no Tribunal do Júri vestindo camisetas com fotos das duas vítimas e/ou com o slogan da campanha.
“Fizemos um pedido para que não houvesse nenhum tumulto, nenhum movimento”, disse o criminalista Elias Mattar Assad, que é assistente da acusação.
Gilmar Yared, pai de uma das vítimas, está acompanhando a audiência, enquanto sua esposa Christiane, se mantem na ante-sala. Ela disse que não tem forças para encarar o algoz de seu filho, numa referência a Carli Filho. O ex-deputado ainda não chegou no Tribunal do Júri.
A mãe de Carlos Murilo Almeida, outra vítima fatal do acidente provocado pelo ex-deputado de Guarapuava, Vera, deixou a sala de audiências e se mantém cabisbaixa no corredor.