O Ministério Público do Paraná (MPPR), cumpriu na manhã desta terça (24) mandados de busca e apreensão nos gabinetes de dois vereadores na Câmara de Guarapuava. Uma das ações faz parte da Operação ‘Terra Prometida’ e outra da ‘Inconfidência”. A primeira investiga crimes de associação criminosa e estelionato supostamente cometidos com abuso de função pública. De acordo com o Gaeco, envolve um esquema de fraude em programa habitacional do município.
Conforme o MP, os alvos da operação são um vereador (Danilo Dominico-PP), dois ex-servidores da Secretaria Municipal de Habitação. Assim como a esposa de um deles e um assessor parlamentar. Danilo respondeu pela Secretaria entre dezembro de 2022 e março de 2024.
A suspeita, conforme o Gaeco, paira sob a obtenção fraudulenta R$ 30 mil de uma cidadã. Isso ocorre mediante a falsa promessa de aquisição da posse de um terreno no bairro Vila Bela. Ainda conforme as investigações, a vítima estava incluída indevidamente no programa habitacional como se fosse a primeira beneficiária do imóvel, enquanto a verdadeira contemplada ficou de fora.
O dinheiro pago pela compradora teria sido desviado para a conta bancária da esposa de um dos ex-servidores envolvidos, atualmente lotado no gabinete do vereador. O MP também apura tentativa de obstrução da Justiça, já que o parlamentar teria instruído um assessor e um advogado local a convencerem a vítima a não relatar o caso ao Ministério Público.
OPERAÇÃO INCONFIDÊNCIA ENVOLVE OUTRO VEREADOR
Paralelamente, o MPPR cumpriu outros quatro mandados de busca e apreensão na Operação Inconfidência, que investiga o vazamento de informações sigilosas de investigações conduzidas pelo Gaeco e pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa).

Operação do Gaeco (Foto: MPPR)
Entre os investigados desta segunda operação está outro vereador de Guarapuava, Marcio Carneiro, um policial militar e um ex-assessor da Prefeitura. Durante as diligências, houve a prisão em flagrante de uma pessoa por porte ilegal de arma de fogo e liberada após pagamento de fiança. As investigações seguem sob sigilo.
- Operação do Gaeco (Foto: MPPR)
- Operação do Gaeco (Foto: MPPR)
Em nota oficial, a Câmara Municipal de Guarapuava disse que desde o início da operação, colaborou de forma plena com as autoridades. Dessa formas, “garantindo acesso total às suas dependências e prestando todo o apoio necessário ao cumprimento dos mandados”.
“A instituição reforça o respeito e a confiança no Poder Judiciário, no Ministério Público e no devido processo legal como instrumentos essenciais para o esclarecimento dos fatos.”
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