22/08/2023


Cotidiano Guarapuava

Mulheres adotam cada vez menos o sobrenome do marido no Paraná

Um levantamento mostrou que caiu 14% o número de mulheres com sobrenome do marido. A preferência dos casais é manter o nome da família

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Cada vez menos, as mulheres adotam o sobrenome do marido no Paraná (Foto: Reprodução/Pexels)

Na hora do ‘sim’ diante do juiz de paz, muitas mulheres não perdem tempo para declarar ao companheiro. Mas quando se trata do sobrenome, uma pesquisa mostrou que cada vez menos, as mulheres concordam em adotar o do marido.

Um levantamento do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR) aponta que desde a publicação do Código Civil de 2002, os casais paranaenses têm optado cada vez mais por manterem os nomes originais de família.

Sendo assim, caiu 14% o número de mulheres que passaram a incluir o sobrenome do marido no casamento. De acordo com o Irpen, isso reflete uma sociedade cada vez mais igualitária e da praticidade da vida moderna. Porque, a escolha preferencial dos futuros casais em manter os sobrenomes de família, hoje representam 34% das opções no momento da habilitação para o casamento.

De acordo com as informações, em 2002, quando o atual Código Civil foi publicado, o percentual de mulheres que adotavam o sobrenome do marido no casamento representava 71,7% dos matrimônios. Dessa forma, iniciou-se uma queda desta opção. Na primeira ‘década’ desta mudança (2002 a 2010), a média de mulheres que optavam por acrescer o sobrenome do marido passou a representar 70,5%. Já na segunda ‘década’, este percentual passou a ser de 65,1%.

Conforme o presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR), Mateus Afonso Vido da Silva, os dados propõem uma reflexão sobre a modernidade.

Ao trazer estes novos dados com relação ao casamento, há novas discussões no sentido de maior igualdade entre os gêneros. E de existir uma outra opção àquela comum. Há a possibilidade de o casal usar o mesmo sobrenome, ou não. Enfim, é mais um avanço da sociedade, pautado pelo registro civil.

Desse modo, a opção de continuar com o sobrenome da família vem se acelerando ao longo dos anos, representando um aumento percentual de 23,2%, desde a edição do atual Código Civil. Além disso, em 2002, esta opção representava 28,1% dos matrimônios no Paraná.

Já na primeira década, a média desta opção passou a representar 29,3% dos casamentos, enquanto que no segundo período, a média desta escolha passou a representar 33,7% das celebrações feitas nos cartórios do Estado. Em 2021, este percentual atingiu 34,6%, chegando a 40,3% das escolhas nos primeiros cinco meses de 2022.

Outra novidade no Código Civil brasileiro, é a possibilidade do homem aderir o sobrenome da mulher, o número mantém a média no Estado. Em 2021, 0,47% das escolhas no momento do casamento, contra 0,48 nos dois anos anteriores. Além disso, a mudança dos sobrenomes de ambos os cônjuges no casamento representou em 2021, 3,2% das escolhas, batendo o pico de 2020, quando foi opção em 3,1% das celebrações.

Vale lembrar o futuro casal comunica ao Cartório de Registro Civil a escolha dos nomes no ato da habilitação do casamento, quando são apresentados os documentos pessoais previstos em lei. A pessoa que altera um nome deve providenciar a alteração de todos os documentos pessoais. Mas se não tiver interesse na mudança, deverá apresentar a certidão de casamento, quando for necessário fazer prova da nova identificação.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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