(i)
É simples: o povo deve ser dividido para mais facilmente ser conquistado; a elite (econômica, cultural e política) reunida para ser dominada.
(ii)
É preferível mil vezes o senhorio áspero do silêncio que a escravidão imposta por nossa língua desvairada que não conhece a arte de calar.
(iii)
Problemas são muitos, mas o maior é que a avassaladora maioria das pessoas está mais preocupada com o tal do "eu quero" que com o "eu devo".
(iv)
Devemos perdoar; dar a outra face como o Senhor nos ensina. Mas isso não significa que as instituições devam portar-se como Pilatos e Caifás.
(v)
Quando uma sociedade não mais compreende o sentido inerente aos seus ritos constituintes ela acaba caindo no ridículo infantil e degradante.
(vi)
Quando a forma não atende à finalidade e é preenchida com um conteúdo pérfido e feito por um agente dúbio o resultado é a democracia brazuca.
(vii)
Não há uma semana em que eu não me pergunte sobre o propósito de tudo que faço. Fazendo isso, tomo ciência da nulidade de minha porca vida.
(viii)
Jesus Cristo nos diz que devemos amar nossos inimigos; a mentalidade revolucionária, que se deve perseguir implacavelmente todos os desafetos.
(ix)
Cristo nos ensina que devemos perdoar quem nos ofende; todavia, isso não significa que devemos tratar o ofensor como se fosse um coitadinho.
(x)
As alminhas politicamente corretas, limpinhas e do bem, ficam escandalizadas quando uma pessoa, até então anônima, tem lá o seu dia de fúria; porém, nunca lhes ocorre indagar, imaginar o quanto o sujeito teve de tolerar, silente, até ele se entregar de corpo e alma ao momento de ira.
Sejamos francos: o saco de paciência das pessoas tem limite e, imagino eu, que muitíssimos são os que estão pra lá do limite com essa cultura da impunidade que se faz imperar em nosso país, em particular, e no Ocidente, dum modo geral.
Resumindo o entrevero: a sociedade – anônima, pagadora de impostos e calada – está no limite com o sistema edificado pelas alminhas limpinhas e do bem com suas ideias e ações politicamente corretas.
E tem outra: afirmar isso não é desejar o mal. Nada disso. É apenas apontar para o óbvio.