22/08/2023
Cotidiano

Nada mudou no cenário da Capela do Degolado

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Da Redação

Os moradores que vivem nas proximidades da Capela do Degolado, ou pedestres que utilizam o atalho para se descolar da Avenida prefeito Moacir Júlio Silvestre para ruas paralelas, não viram o cenário mudar nos últimos 10 meses. O que visualizam é um número ainda maior de grupos de mendigos e usuários de drogas que tomam conta do local em plena luz do dia. No período da noite o consumo de bebidas alcoólicas é ainda maior resultando em brigas de gangues e algazarras.

“Nenhuma providência é tomada e já não sabemos mais a quem recorrer. Quando a situação está fugindo do controle ligamos para polícia e raramente alguém aparece, ou quanto aparecem, demoram tanto que dá tempo de dispersarem. Estamos correndo risco diariamente aqui. Será que estão esperando acontecer alguma tragédia para que algo seja feito?”, questiona Ana Silvério que já diz ter presenciado várias situações no local, inclusive uma briga com esfaqueamento.

A Capela do Degolado, que já foi um ponto de turismo religioso em Guarapuava, está sendo frequentada por outro público há muitos anos, sem que nenhuma medida efetiva de segurança seja tomada. “Esse é um tipo de coisa que vem acontecendo há muitos anos, sem que alguma autoridade tome providências”, reclama uma moradora, vizinha do local, em e-mail encaminhado à Rede Sul de Notícias em agosto do ano passado. De lá para cá o cenário só tem piorado, segundo testemunhas.

O ponto de encontro é a escadaria que leva à capelinha, localizada na Rua Vicente Machado, no Bairro dos Estados. Para quem reside nas imediações cada dia reserva uma situação diferente, mais desagradável e perigosa. “Voltei do trabalho mais tarde um dia destes e minha colega de trabalho me deixou na Vicente Machado. Levei um susto ao descer a escadaria quando escutei sussurros debaixo da escada. Era um casal utilizando drogas e vi nitidamente as seringas. Um horror. Ali ao lado moram crianças que brincam durante o dia nas escadarias e constantemente estão correndo perigo”, conta Elizete Lima.

“Durante o dia eles ficam aí no meio do mato, bebendo e consumindo droga e à noite vão pra frente da capela. Muitos grupos saem da noitada e passam por aqui gritando e quebrando garrafas de bebida. É um tormento”, diz uma moradora que não quis se identificar por já ter sido ameaçada por um dos grupos.

Moradores e pedestres exigem que medidas urgentes relativas a segurança no local sejam tomadas.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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