22/08/2023
Guarapuava Segurança

“Não são enforcamentos. São execuções do PCC”, diz Conselho da Comunidade

Conselho da Comunidade pede que políticos se unam para a retirada de faccionados da cadeia de Guarapuava

CADEIA 1

(Foto: Larissa Ortiz/RSN)

As mortes por enforcamento que vem ocorrendo com frequência na cadeia pública preocupam o Conselho da Comunidade em Guarapuava. De acordo com o vice-presidente, o empresário Flavio Sichelero, os enforcamentos “são execuções” sob o comando do Primeiro Comando da Capital (PCC) para demonstração de poder.

“Na cadeia de Guarapuava existem mais de 40 faccionados do PCC que para mostrar poder e colocar medo nos demais matam quem não aderiu à facção, possui alguma ‘treta’ com o PCC ou é de outra facção”.

Segundo o líder comunitário, algumas mortes porém, são aleatórias para a conquista de mais adesões tendo o medo como o principal atrativo. Para conter essa onda de “execuções”, Sichelero está cobrando uma ação de lideranças políticas junto ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).

“Precisamos de atitudes emergenciais por parte do Estado, já que compete ao Governo essa questão. A situação é caótica e ninguém está avaliando o que pode acontecer, se isso continuar ocorrendo”.

A presença de faccionados na cadeia local, de acordo com Sichelero, começou quando o sistema prisional do Paraná começou a transferir presos de outros lugares sem critério de seleção.

“Nossas autoridades precisam pedir que os membros do PCC sejam retirados de Guarapuava. Se não ocorrer, logo estaremos convivendo com assaltos à mão armada, sequestros e outros crimes de grande porte”.

Segundo o conselheiro a Vara de Execuções Penais (VEP) e o Ministério Público já enviaram uma relação dos nomes dos presos do PCC para o Depen. “A situação é grave e sabemos que já existe outro jurado de morte que pode aparecer enforcado até o fim desta semana”, avisa.

Cristina Esteche

Jornalista

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