22/08/2023
Cotidiano

Neste domingo, mobilização defende direitos dos autistas

Os direitos das pessoas com Transtorno Espectro Autista estão sendo defendidos neste domingo (1º) nas principais capitais do país. Os direitos dos portadores estão previstos na Lei 12.764/2012, publicada no final do ano passado, decorrente da luta de diversos pais, almejando a melhoria da qualidade de vida de seus filhos portadores da síndrome, nomeada de Lei Berenice Piana, uma das maiores lutadoras da causa.

Recentemente foram exibidos pela Rede Globo, quatro episódios no Fantástico onde se abordava questões relacionadas ao Autismo, bem como da dificuldade das famílias brasileiras em conseguir atendimento médico especializado. Quem se solidarizou com aquelas famílias precisa saber que tal realidade não é diferente na região de Guarapuava.

Hoje, as pesquisas oficiais apontam que o transtorno – que reflete as dificuldades de comunicação, socialização e comportamento que prejudicam o desenvolvimento das crianças e dos adultos portadores de Autismo – atinge 1% da população. No entanto, recente pesquisa divulgada nos Estado Unidos mostra que esse índice pode ser ainda maior: uma para cada 50 crianças. O referido dado aponta que o número de autistas é maior que a soma total de crianças com AIDS, diabetes e câncer juntas.

No Brasil, os maiores movimentos em prol aos Portadores do Espectro são formados por grupo de pais, que conhecendo a situação de seus filhos lutam bravamente por seus direitos, e de forma geral buscam a melhoria de qualidade de vida para muitas outras pessoas dentro do transtorno.

GUARAPUAVA

Em Guarapuava essa mobilização também existe, nasceu de um grupo de pais e mães que almejam buscar um tratamento decente e multidisciplinar para seus filhos e muitas outras crianças da região. "Hoje contamos com o envolvimento de 21 pessoas que lutam por uma causa nobre, como o objetivo de reunir os pais a fim de minimizar as dificuldades encontradas para conseguir atendimento", disse Ana Paula dos Santos.

Existe ainda uma ramificação desse mesmo grupo procedendo o levantamento de dados para averiguar quantas crianças, jovens e adultos recebem atendimentos do distúrbio na cidade, bem como as suspeitas que ainda necessitam de um diagnóstico.

O grupo conta com o apoio de profissionais capacitados para atendimento multidisciplinar, entre psicólogos, fonoaudióloga, musicoterapeuta, fisioterapeuta e pedagogos com o apoio e suporte de duas clinicas especializadas, uma de Curitiba e outra de São Paulo. No entanto, os atendimentos e medicamentos são custeados pelos pais, e quem não pode pagar, precisa se valer da saúde pública.

Assim, os números são necessários para que esse grupo apresente uma proposta de atendimento ao poder público que albergue de forma precisa a necessidade da região.

APOIO DA POPULAÇÃO

Para que o levantamento atinja a expectativa, os integrantes do grupo pedem para que a população colabore com essa pesquisa. Quem tiver alguma informação que possa auxiliar nesse levantamento pode encaminhar para o e-mail: paulaadv@gmail.com

Cristina Esteche

Jornalista

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