Cotidiano Guarapuava

Neste feriado, católicos celebram fé e devoção

Por Cristina Esteche
02/02/2016

Lizi Dalenogari

Guarapuava – A procissão de Nossa Senhora de Belém reúne fiéis há muitos anos. Eles vêm do interior, e se unem aos guarapuavanos para pagar as promessas que fizeram à Nossa Senhora, a padroeira da cidade. Olhares devotados, mãos que entrelaçam os rosários, lágrimas de gratidão, são imagens que comovem por todo o lado.

Nereu Palmas, de 52 anos, veio do Rio das Pedras e diz que não perde a procissão por nada, só por doença mesmo. “Eu aprendi a prestar homenagem a Mãezinha de todo nós com minha bisavó Elena. Ela me trazia junto com minha avó Alice e minha mãe Marialva. Hoje venho com meus filhos e netos porque gratidão é o que mais temos prá oferecer”, enfatiza.

A Missa dos Festeiros reuniu fiéis desde bem cedo, às 7 horas da manhã desta terça-feira (02). Às 9h30, a Missa Solene reuniu párocos de várias paróquias da cidade e da região. “É uma benção estar aqui participando novamente. Tenho costume de toda semana vir na missa aqui no centro, mas hoje é especial. Faz mais de 74 anos que participo da procissão em louvar a Nossa Senhora de Belém e devo a Ela muitas vitórias e livramentos. Tenho esta saúde de ferro graças a intercessão dela”, conta Alfredo dos Santos, de 75 anos, morador do Jardim das Américas.

A benção das velas, seguida da tradicional procissão, demonstrou mais uma vez a devoção religiosa dos fiéis a sua padroeira. Mesmo durante a missa, muitas pessoas já foram retirando seus espetos de churrasco para o almoço em família, também uma tradição.

Anaiá Ribas fez um pedido muito especial a padroeira. Pediu que sua filhinha Micaela Ribas Chaves, de 1 ano e 2 meses comece a andar. “Ta tudo bem com ela, só que está demorando para andar. Sei que em breve Nossa Mãe atenderá meu pedido. É uma tradição da nossa família participar das novenas e da procissão. Aprendi com minha avó Durlene (in memorian) e com minha mãe Simone a participar das novenas e a pedir a intercessão dela nos momentos difíceis. E agradecer, é claro, por todas as bênçãos alcançadas”, diz Anaiá.