22/08/2023


Cotidiano Paraná Saúde

Novo estudo confirma circulação da variante amazônica no Paraná

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou que embora o número ainda esteja baixo, já ocorre transmissão comunitária no Estado

lacen gov

A divulgação do estudo ocorreu ontem (30) (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

A Agência Estadual de Notícias informou no fim da tarde de ontem (30) que um estudo feito a partir de 80 amostras coletadas na segunda semana de março no Paraná apontou que 46,2% delas correspondem à linhagem P.1. Esta é uma variante amazônica que circula desde o ano passado no País. De acordo com esse relatório, que contempla um universo reduzido, ela é predominante entre nove variantes identificadas no Estado.

Ainda de acordo com as informações, a análise da Rede Genômica Fiocruz tem coordenação da Secretaria de Estado da Saúde em conjunto com o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com supervisão do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR).

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto explicou que embora o número de amostras seja pequeno, este recorte de testagem demonstra a efetiva circulação da variante brasileira P.1, que já está em transmissão comunitária.

Ele destacou que o estudo corrobora um aumento na contaminação nos últimos dias. “Quase metade dos testes RT-PCR feitos no Paraná tem resultados positivos hoje em dia, ou seja, mais pessoas estão se infectando e grande parte delas pode estar com a variante P.1, mais agressiva do que a doença que conhecemos no ano passado”.

ESTUDO

Para a seleção das amostras, houve seleção de grupos dentro de cada Macrorregional de Saúde do Estado. O que  contemplou o Paraná como um todo. Houve uma seleção de amostras em dois grupos e um sorteio aleatório em cada Macro. Tal avaliação resultou em 80 amostras viáveis para sequenciamento genômico.

Nessas 80, de acordo com o estudo, as linhagens mais frequentes foram a P.1, com 46,2%; B.1.1.28 com 28,8%; e P.2, com 11,2%. Além disso, houve identificação de variantes do Reino Unido (B.1.1.7), entre outras cinco.

Desse modo, o estudo corrobora outro que já havia sido feito, com o processamento das amostras realizado pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. Na ocasião, 70% das 216 amostras de RT-PCR com grande carga viral enviadas para a instituição estiveram relacionadas à variante P.1. Desta vez, as análises tiveram a parceria da UFPR, no Paraná.

Assim, a previsão é de que novas coletas passem por verificação nos próximos dias. “Pretendemos trabalhar com este quantitativo de até 100 amostras nos próximos três ou quatro relatórios, além de reduzir a janela de dias entre as amostras analisadas. Neste estudo específico os testes receberam análise em um período de três dias”, destacou o diretor da Fiocruz Paraná, Bruno Dallagiovanna.

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Cristina Esteche

Jornalista

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