O Brasil vem sendo humilhado por Cuba. Em reunião de chefes de Estado em Quito, Equador, no último dia 18, o presidente cubano, Raul Castro, repetiu que Dilma foi vítima de um “golpe”. O regime cubano (criado por um golpe armado, que gerou uma ditadura que dura 58 anos), não reconhece a legitimidade governo brasileiro.
E não é só retórica. O país dos Castro ainda não concedeu seu consentimento (agrément) para o novo embaixador, Frederico Duque Estrada, indicado pelo presidente Michel Temer em outubro do ano passado, segundo informa o jornalista Ricardo Noblat.
O Brasil rompeu relações diplomáticas com Cuba em abril de 1964. Reatou as relações em 1988 quando era governado pelo presidente José Sarney. Durante os governos do PT, por afinidade ideológica, o Brasil estabeleceu relações promíscuas com Cuba.
Foram autorizados bilionários financiamentos suspeitos do BNDES a grandes obras em Cuba, tocados pela notória Odebrecht, como o Porto de Mariel.
O programa Mais Médicos, foi concebido com o principal objetivo de fornecer dinheiro ao governo cubano, órfão de seus antigos financiadores, a defunta União Soviética e a Venezuela, destruída por populismo e delírios esquerdistas bolivarianos.
O Brasil do PT não só se dispôs a financiar o regime cubano, como se prestou a vexames humanitários como devolver a ditadura os atletas cubanos que pediram asilo aqui durante os jogos do Pan de 2007.
Que o regime cubano não esteja feliz com o fim da mamata que tinha com o PT dá para entender. Mas o presidente Temer não pode tolerar – sem uma reação forte – as agressões e acusações públicas de ilegitimidade.
(*) Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PSDB do Paraná