Acredito que as coisas não acontecem em vão. Sejam boas ou más, acontecem no momento e na ocasião certa. Se são ruins, devemos, em primeiro lugar, aceitá-las, porque vieram para dar alguma lição. Se são boas, é porque também somos merecedores.
Disso isso para contar, mais uma vez, como acontecem as coisas comigo e, consequentemente, com a RedeSul de Notícias. Há exatamente um ano, em janeiro de 2016, meu irmão Paulo abordou um carro em Curitiba, com placa paraguaia, onde havia o nome de uma empresa: Esteche. O Paulo é o mais ligado de nós na busca pela ancestralidade, pelos familiares que ficaram no Paraguai quando nosso avuelo materno veio para o Brasil e nunca mais retornou ao seu país.
Bem, voltemos ao fato.
Marcial, sua esposa Belen e seu filho Manoel, moram em Encarnación, mesma cidade onde nasceu a minha avó paterna, Aurora. Desde aquela dia em Curitiba Marcial não deixa de nos contatar diariamente. Conheceu minha mãe e meus irmãos, no ano passado, menos a mim. Na última terça ele e sua família chegaram em Guarapuava e foram à minha casa onde permaneceram até este domingo. Foram dias de muita conversa, de muitos risos, de muita troca de informações e de ganho para a RSN. Como todo Esteche, Marcial também é comunicador e atua em rádios, além de dominar a técnica de programação de computador.
No terceiro dia que estava em Guarapuava, ele presenteia a RSN com a sua rádio na web, projeto que seria colocado em execução somente em dezembro de 2017. A rádio está em período experimental por alguns dias.
E o que é ainda melhor: A RSN está colocando os pés para desenvolver um trabalho, inicialmente, no Paraguai e na Argentina e depois “abraçar” os demais países do Mercosul.
A partir desses acontecimentos só confirmo a convicção que possuo de que nada acontece em vão. Acredito na força da mandala que gira a vida embalada na mais pura e na mais forte das energias. Acredito, cada vez mais, na força da ancestralidade, de que o universo espiritual conspira a seu favor a partir do seu merecimento e traz ao seu alcance o que acabou deixando lá atrás.
Ainda não sei qual é o grau de parentesco que une o laço familiar de Marcial à minha família. Mas isso não importa, pois as evidências deixam claro uma infinidade ímpar.
Obrigada a Marcial, Belen e Manoel, o Mano, por trazerem um pedaço do país dos nossos antepassados até mim e os Esteches que moram em Curitiba, Florianópolis e Fortaleza. Sou grata pelo despertar do desejo de conhecer um pouco mais desse país onde, com a Argentina e a Espanha, começou a história da minha família.
Os laços sanguíneos nos unem para sempre, não importando qual seja a geração.