22/08/2023
Esportes

Os ensinamentos de um sensei

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A história deste grande atleta começou em 1968, quando iniciou os ensinamentos das artes marciais em uma academia da cidade. Hoje, aos 60 anos, o mestre Dilseu Rossoni continua contribuindo com o esporte de Guarapuava e se orgulha de ter formado muitos atletas renomados.
“Hoje em dia tenho centenas de alunos que treinaram comigo, estão formados e dando aula e lutando no Paranaense, Brasileiro e Mundial, em todas as áreas das lutas marciais. Agora já tem os alunos dos que já foram meus alunos que também dão aula e que na língua japonesa são netos da gente”, fala.
Entre os atletas que já passaram pelas mãos de Rossoni está o campeão mundial de muay thai e kick boxing, Célio Rodrigues, além de outros atletas de destaque como Araripe Boi, Cristiano Cubas e Diego Moraes, o novo campeão paranaense de Jiu-Jitsu na categoria faixa preta peso médio até 82.3 quilos. Há sete anos também é responsável pelos treinamentos da Polícia de Choque do 16º Batalhão de Polícia Militar.
“É muito gratificante ver os resultados dos atletas que já foram meus alunos, e meu objetivo é continuar no esporte até quando Deus quiser. Mas fico mais contente por ter criado não apenas atletas, mas cidadãos”, diz.
É que nas artes marciais como um todo, a parte espiritual é o primeiro objetivo a ser alcançado pelo aluno. É necessário primeiro ser um verdadeiro cidadão para então se tornar um bom atleta. “O primeiro objetivo é tirar a agressividade, aprender a ter autocontrole, disciplina diária e regras, que incluem uma vida saudável, como não beber, fumar e não usar drogas. Temos muitos jovens que estão no álcool e na droga e a gente sempre procura combater isso, e o esporte é a melhor maneira de combater isso. É preciso valorizar o que Deus nos deu, o tesouro da vida”, explica o sensei.
É que a prática das artes marciais, alicerçada na rígida disciplina oriental e a princípios filosóficos milenares, melhora o desempenho intelectual e o relacionamento pessoal à medida que exige alto grau de concentração. O discípulo tem muito respeito e gratidão em relação ao mestre, que por sua vez se sente realizado com o progresso do aluno.
“Ele foi o meu primeiro mestre e merece todo o meu respeito, como o respeito de todos os atletas da cidade. Sou muito grato a ele pelos ensinamentos que me deu e posso afirmar que devo a ele a minha disciplina e humildade. Comecei karatê com ele aos 12 anos e depois fui para Curitiba treinar muay-thai. Sempre que preciso de um treino vou na academia e ele ainda me dá uma força”, ressalta o atleta Célio Rodrigues.

Por Daiane Celso

Cristina Esteche

Jornalista

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