22/08/2023
Cotidiano

Pais do Antonio Lustosa se formam no Proerd

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Lizi Dalenogari, da Redação

Cerca de 25 pais de alunos da Escola Municipal Antonio Lustosa de Oliveira se formaram na última semana no curso Proerd para Pais, em Guarapuava. Discutindo temas como “Limites”, “Autoridade”, “Diálogo e Respeito”, a equipe do Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência, levou aos pais mais um fator de proteção desenvolvido pela Polícia Militar, que visa contribuir para que crianças, jovens e adolescentes, orientados por seus responsáveis, se envolvam em atividades educacionais preventivas.

Marineide Abreu foi uma das mães que não mediu esforços para participar do curso, e recomenda. “Antes estar aqui investindo meu tempo e sabendo que estou me reciclando para orientar meus filhos do que estar na rua atrás deles sem saber com com andam e o que estão fazendo. Acredito que os pais perdem muito ao deixarem de participar”, destaca.

Andréia Palanicki Andrade é mãe de Danilo, do 5º ano e de Cassiano, do 1º ano e ambos participam do Proerd. Motivada pelas considerações dos filhos sobre as aulas dos “amigos policiais”, Andréia aceitou o convite para participar dos encontros semanais na escola dos filhos. “É um desafio para nós pais trabalharmos hoje em dia a autoridade com nossos filhos. Estamos na era do “tudo pode” e eles já não tem limites. Isso tudo nos leva para um área de risco muito grande. As drogas estão aí consumindo nossa sociedade, e nos interarmos do assunto e buscarmos ferramentas para sabermos como agir com nossos filhos é fundamental. Estarei convidando outros pais para participarem nas próximas turmas, com certeza”, enfatiza a mãe.

Para Rodolfo Somer Zeni, que acompanhado da esposa Joceli de Fátima Ramos Zeni, participou de todas as aulas do programa, as dicas dos policiais foram um “abrir de olhos”. “Despertamos para muitas coisas que não estávamos atentos”, garante o pai.

O exemplo dado pelos pais é outro fator destacado durante as aulas. “A criança vê, a criança faz. O pai e a mãe fumam, bebem, criam ambiente de violência em casa diante dos filhos e querem que eles sejam diferentes. É uma conta que não bate. É o famoso faça o que eu digo e não faça o que eu faço”, enfatiza o policial Celso.

Para o coordenador do Programa Celso Luis Calisario,que acompanhado de seu esposa e também policial Elisangela, levam informações aos pais, a participação dos responsáveis é fator determinante para que os índices de drogadição e violência sejam reduzidos. “As crianças reclamam para nós durante as aulas sobre a falta de diálogo com os pais. E esta falta de diálogo afasta pais e filhos e é neste afastamento que está o perigo”, destaca.

Cristina Esteche

Jornalista

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