22/08/2023


Paraná Saúde

Paraná é líder em doação de órgãos para transplante no Brasil

Solidariedade da população e boa estrutura do Estado garantem o desempenho nesta área onde apenas uma doação pode salvar até 10 vidas 

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Equipe de captação de órgãos para doação do Governo do Paraná (Foto: AENPr)

A estrutura eficiente do Governo do Estado e a solidariedade dos paranaenses fazem do Paraná líder nacional em doação de órgãos. De acordo com o Governo, nos primeiros oito meses de 2019 foram realizados 1.147 transplantes (órgãos e córneas). Assim, em 2018, foram 1.879 e no acumulado dos últimos oito anos (2011-2018) o Estado alcançou 9.206 intervenções.

Conforme o Governo, o resultado é fruto do trabalho integrado da Secretaria da Saúde e do Sistema Estadual de Transplantes com apoio das aeronaves do Governo Estadual.De acordo com o Governo, há mais de dois mil paranaenses aguardando uma doação. Porém, o Estado registra neste ano o menor índice de recusas familiares para doação de órgãos no País. Apenas 24% não aceitaram doar algum tipo de órgão de algum parente.

Uma única pessoa doadora pode salvar até dez vidas. Possuímos cinco vezes mais chances de precisar de um órgão do que efetivamente conseguir um doador”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Falar sobre doação, comunicar os familiares sobre esse desejo, é um ato de amor ao próximo. O Governo do Estado está comprometido com a população paranaense em se manter líder no ranking de transplantes.

MAIS QUE A MÉDIA

A média nacional de doações de órgãos é de 17 pmp (partes por milhão da população), enquanto o Paraná fechou o primeiro semestre deste ano com 41,1 pmp. Assim, o salto estadual entre 2010 e 2018 foi de 600%. Conforme pesquisa, o Estado tinha 6,8 doadores pmp no começo da década e atingiu 47,7 pmp no ano passado. Assim, lidera o ranking de doações no país.

Todavia, o Paraná também liderou o ranking de transplante de órgãos (outro parâmetro de dados) em 2017 e 2018, com 81,5 pmp e 90,9 pmp, respectivamente. A média nacional é de 41,9 pmp. O Estado foi o campeão no transplante de fígado e de rim no último ano.

DOADORES E TRANSPLANTES

Nestes primeiros meses deste ano foram registrados 313 doadores efetivos, 495 órgãos e 581 córneas de doadores falecidos e 71 órgãos de doadores vivos. Assim, a soma é de 1.147 transplantes. Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530 doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos e 5.496 córneas. No último ano foram 540 doadores efetivos, 949 órgãos e 839 córneas de doadores falecidos, e 91 órgãos de doadores vivos, totalizando 1.879 transplantes.

TRANSPORTE AÉREO 

As cinco aeronaves à disposição do Governo do Estado têm a missão social de auxiliar o sistema estadual de transplantes. Assim, a frota é usada para o transporte de órgãos e ajuda a fazer do Paraná essa referência nacional. Dessa forma, somente neste ano foram 81 missões de apoio para o transporte de 191 órgãos, perfazendo 260 horas e 25 minutos de voo.

A operação é fundamental porque entre o momento de retirada do órgão e/ou tecido há um intervalo de isquemia (entre a retirada do doador até o transplante no receptor). De acordo com informações,  com relação às córneas, o tecido pode ficar até 14 dias entre um espaço e outro; rins, 36h; fígados, 12h; pulmões, entre 4h e 6h; e, o coração, 4h.

INFORMAÇÕES

Como ser doador – É bem simples: avise a sua família. Seus órgãos só poderão ser doados com autorização dos seus parentes mais próximos.

Quem pode doar – Qualquer pessoa, após a confirmação da morte e mediante autorização da família.
Quais órgãos podem ser doados – Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como: córneas, pele, ossos, valvas cardíacas e tendões. Ou seja, um doador pode ajudar muitas pessoas.
Doador falecido – Pacientes que foram diagnosticados em morte encefálica (ME), o que ocorre normalmente em decorrência de traumas/doenças neurológicas graves, podem ser doadores de órgãos e tecidos. Nos casos em que o falecimento decorre de parada cardiorrespiratória (PCR), podem ser doados tecidos.
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável pode ser doadora em vida de um dos seus rins ou parte do fígado para um familiar próximo (até 4ª grau consanguíneo), porém quando a doação de um rim ou parte do fígado for para uma pessoa não aparentada é necessário autorização judicial.
Quem recebe os órgãos – Os órgãos doados são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera. Esta lista é fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e pelas Centrais Estaduais de Transplantes.

A seleção de um paciente que aguarda por um transplante, ocorre com base na gravidade de sua doença, tempo de espera em lista, tipo sanguíneo, compatibilidade anatômica com o órgão doado e outras informações médicas importantes. Todo o processo de seleção dos potenciais receptores é seguro, justo e transparente.

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Cristina Esteche

Jornalista

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