22/08/2023
Brasil Cotidiano Saúde

Paraná é o segundo com maior índice de variantes da covid-19

Estudo mostra que 70,4% das 216 amostras de RT-PCR enviadas para a instituição estão relacionadas à variante P1. O primeiro é Ceará com 71,1%

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Coleta de material para testes sobre variantes do novo coronavírus (Foto: AEN)

O Paraná já é o segundo Estado com o maior índice de variantes do novo coronavírus. Fica atrás apenas do Ceará. O alerta tem o nome da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. Divulgado nesta quinta (4), o estudo mostra que 70,4% das 216 amostras de RT-PCR enviadas para a instituição estão relacionadas à variante P1. Aquela  identificada no Amazonas. O Ceará está 71,1%. E essa variante encontra-se em plena circulação.

De acordo com o novo protocolo, desenvolvido pela Fiocruz Amazônia, utilizou-se nas unidades de apoio ao diagnóstico cerca de mil amostras. A pesquisa envolveu Alagoas, Ceará, Minas Gerais. E também em Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde.

De acordo com a Fiocruz, o protocolo detecta a mutação comum em três das variantes: P1, identificada inicialmente no Amazonas; B.1.1.7, no Reino Unido; e B.1.351, na África do Sul. Entretanto, segundo a pesquisa, há indicativos de que a prevalência que está sendo observada nos estados esteja associada à P1. Isso porque as outras duas variantes não têm sido detectadas de forma expressiva no Brasil.

‘VARIANTES DE PREOCUPAÇÃO’

De acordo com o relatório, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus têm favorecido o surgimento dessas “variantes de preocupação”. Assim o comunicado alerta para um cenário preocupante de transmissibilidade em todo o território brasileiro nos próximos meses.

Conforme o estudo, dos oito estados avaliados neste recorte, apenas dois não tiveram prevalência da mutação superior a 50%. No caso, Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo, e Alagoas, com 42,6%. Nos demais estados, mais de 50% das amostras apresentaram a mutação. Com tendência de circulação alta no Sul: 62,5% no Rio Grande do Sul e 63,7% em Santa Catarina, além dos 70,4% do Paraná.

De acordo com a Fiocruz, até o momento não foi observada a associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave.

ALERTA

O alerta da presença da variante P1 no Estado havia sido feito na manhã desta quinta (4) pelo secretário estadual de Saúde, Beto Preto, em visita a Cascavel. Ocorreu pouco antes de um encontro com o ministro Eduardo Pazzuelo. “Foram analisados os 216 testes positivos com maior carga viral do Paraná. Destes, 70% eram a nova cepa. Foram cerca de 3 mil testes positivos no sábado, mas eles sequenciaram só 216, então não dá para falar que a cepa é a prevalente no Paraná, mas que está circulando”.

Confira a íntegra do estudo.

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Cristina Esteche

Jornalista

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