Da Redação, com AEN
Curitiba – A Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) solicitaram ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma auditoria para atestar o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação. “Se tudo der certo, esperamos fazer a última campanha de vacinação contra febre aftosa em maio de 2018”, afirma o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
A medida é consenso nas lideranças das cadeias produtivas de proteína animal no Paraná como bovinos, suínos, aves, leite e peixes. “Os líderes decidiram, em conjunto, suspender a campanha de vacinação no ano que vem”, complementou.
De acordo com Ortigara, ao tornar o Estado área livre da doença sem vacinação, o objetivo é alcançar mercados mais disputados e valiosos, um desafio que provocará uma transformação no setor produtivo de proteínas animais no Paraná. “Temos que deixar de usar ferramentas antigas e partir para a inteligência no controle sanitário”, defendeu.
“65% do mercado suíno no mundo não compra carne suína do Brasil porque o país ainda vacina contra febre aftosa. Não conseguimos acessar mercados importantes como Japão e Coreia do Sul, que só compram carne suína de países sem vacinação contra aftosa”, complementou.
PREPARAÇÃO
Os preparativos para almejar o status pleiteado vêm sendo construídos ao longo dos anos, seguindo normas e recomendações tanto pelo Mapa como pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), responsáveis pelo reconhecimento nacional e internacional.
Recentemente, o Governo do Paraná autorizou a contratação de mais 35 médicos veterinários remanescentes de concurso realizado em 2014. Eles complementarão a ocupação necessária em postos de trabalho estratégicos para a defesa sanitária agropecuária animal no Estado.