Houve a divulgação nesta quarta (30), de que a Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou quatro pessoas em inquérito policial que apura a suspeita de falsificação de testes da covid-19 por parte de um clube de futebol da Região Oeste do Estado. O inquérito teve início em 23 de abril, com a denúncia da Federação Paranaense de Futebol (FPF), após um jogo ocorrido no dia 22 de abril. A partida ocorreu em Curitiba.
Desse modo, houve a oitiva de cerca de 10 testemunhas. Assim, os indiciados responderão por falsificação de documento e uso de documento falso. O prazo inicial do inquérito era de 30 dias. Mas as investigações seguem até que todos os envolvidos prestem esclarecimentos. Conforme o delegado chefe da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Luiz Carlos de Oliveira, a investigação demanda mais tempo para ouvir mais pessoas.
Já temos quatro pessoas indiciadas e teremos ainda mais 10. Como esse inquérito demanda um certo tempo, tendo em vista que esses jogadores estão espalhados pelo Brasil, teremos que fazer algumas cartas precatórias para cada um dos envolvidos.
Além disso, a polícia solicitou a apreensão do passaporte de um dos suspeitos, que possui dupla nacionalidade. Ele recebeu intimação do escrivão de Cascavel para tomar ciência da decisão judicial. Além do presidente do clube e do filho dele, mais duas pessoas foram indiciadas, segundo o delegado.
“Esses dois outros indiciados se tratam de pessoas que estavam relacionadas como se fossem da comissão técnica e não realizaram exames. Um é pai de um atleta e o outro é olheiro do clube. Eles prestaram depoimento em declaração prioritária, primeiramente, e depois, através do despacho, indiciados”.
Os exames apresentados no dia do jogo tiveram análise do Instituto de Criminalística, que constatou que os documentos foram falsificados. “Houve confissão junto à Federação Paranaense de Futebol (FPF) por um dos envolvidos em uma carta de próprio punho. Além disso, o médico contratado para o dia do jogo nos trouxe algumas informações muito esclarecedoras, caracterizando as fraudes do clube”.
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