Da Redação
Guarapuava – Poucos dias após completar cinco anos do flagrante do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no momento em que "rachava" o salário com um servidor da Câmara, o ex-presidente Ademir Strechar, teve mais um pedido negado para progressão de pena. Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) e buscava ir para o regime semiaberto. Essa foi a segunda tentativa da defesa de Strechar. A decisão é da juíza Patrícia Carbonieri, da Vara de Execuções Penais de Guarapuava (VEP). O ex-vereador já cumpriu mais de um sexto da pena inicial prevista. A defesa disse que vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná.
A alegação da defesa de Strechar foi de que os bens bloqueados do ex-presidente da Câmara de Guarapuava serão leiloados agora em novembro e que o valor arrecadado poderia ressarcir o dano causado aos cofres públicos.
A juíza, porém, entendeu que o bloqueio dos bens do ex-vereador não configura o "efeito ressarcimento dos danos apontados nas condenações" e que "sequer há prova de que os bens bloqueados são suficientes para o pagamento desses danos".
A prisão de Strechar aconteceu em setembro de 2011, durante a Operação Fantasma e envolveu outros vereadores. Eles contratavam assessores que não cumpriam expediente no Legislativo Municipal e que ao final de cada mês dividiam os salários com os “chefes”.