Quando se tenta traçar um perfil do agressor que espanca, agride e em grande parte dos casos chega a matar sua vítima, se chega a um dilema: existe um perfil do agressor? Segundo o psiquiatra José Cleber Ferreira, não se pode generalizar através de um único perfil. “São inúmeras as psicopatias, os transtornos e as doenças psiquiátricas que podem levar a um ato extremo. Cada caso é um caso e precisa ser analisado na sua particularidade”.
Estudos apontam que 40% das mortes de mulheres foram cometidas por parceiros íntimos. O índice é 6,6 vezes maior do que o número de assassinatos cometidos por parceiras contra parceiros.
Em relação às condições em que o crime foi cometido, metade das mortes foram realizadas com arma de fogo, 36% ocorreram nos fins de semana e 30% ocorreram em vias públicas. A grande maioria das vítimas é de mulheres negras (60%) e de 20 e 39 anos (54%).