Segundo pesquisa divulgada hoje (15) pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, inexperiência e direção sob o efeito de álcool e drogas fazem parte do perfil dos acidentados com motocicletas na cidade de São Paulo.
O levantamento foi feito com base em informações de 326 vítimas atendidas em hospitais da zona oeste da cidade, em intervalo de três meses, cujo resultado serve de amostragem sobre as ocorrências na capital. Exames laboratoriais revelam que de cada cinco feridos, um apresentou sinais de consumo de droga ou álcool.
A maioria (92%) é formada por homens, com idade média de 29 anos e renda entre um e três salários mínimos. Cinquenta e oito por cento cursaram o ensino médio completo ou incompleto e 73% recorreram à motocicleta como meio de transporte. O restante, 31%, são motoboys e usaram o veículo para prestar serviços de entrega.
Das vítimas, 23% não tinham habilitação para dirigir motocicleta e, entre os que têm Carteira Nacional de Habitação. Esse número sobre entre os feridos graves, já que 67% não tinham habilitação.
Quase a metade dos acidentados (44%) sofreram lesões graves e 55% haviam sido vítimas em ocorrências anteriores. A pesquisa identificou ainda falhas no uso de equipamentos considerados preventivos. Embora 90% portassem capacetes, apenas 22,7% usavam botas e 18,1% jaquetas.
Informações: Agência Brasil