Brasília – O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), presidente do Parlamento do Mercosul, criticou nesta quarta-feira (21) a possibilidade de o PMDB vir a ocupar simultaneamente as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.
“Não é bom nem para a democracia brasileira, nem para o próprio Congresso Nacional, que uma mesma sigla esteja à frente das duas Casas pelos próximos dois anos”, avalia Dr. Rosinha. “A instituição legislativa não pode adquirir o aspecto de uma agremiação partidária.”
O parlamentar sugere que as bancadas do PT na Câmara e no Senado façam uma reunião conjunta, com a presença da direção do partido, para debater o assunto. “O Partido dos Trabalhadores precisa definir um posição política clara sobre esse processo de sucessão.”
Dr. Rosinha disse ser favorável ao acordo que prevê o revezamento na presidência da Câmara, mas defende que o princípio da alternância seja aplicado também no Senado.
Em entrevista à imprensa em outubro de 2007, o senador peemedebista Pedro Simon (PMDB-RS) criticava a possibilidade de o PT, após a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL), vir a presidir a Câmara e o Senado. “Tenho o maior respeito pelo vice-presidente Tião Viana (PT-AC), mas não teria como ele ser presidente. Pois na Câmara, no Senado e na República teríamos o mesmo partido. Isso só aconteceu na época do regime militar”, declarou Simon, na ocasião, ao “Jornal do Comércio”.
“O PMDB está muito bem contemplado na gestão do governo, com seis ministros nomeados, e deveria adotar um gesto de reciprocidade na eleição para a presidência do Senado”, conclui Dr. Rosinha.
(Da assessoria)