22/08/2023


Geral

Polícia diz ter encontrado sangue nas roupas do menino suspeito de matar familiares

O delegado do DHPP (departamento de homicídios) Itagiba Franco afirmou que estão praticamente descartados outros suspeitos para a morte de cinco pessoas da mesma família, na zona norte de São Paulo. Segundo ele, havia sangue na camiseta do menino, mas não havia nada no chão, nem pegadas.

Para Franco, as informações colhidas ontem (07) reforçam a hipótese de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, ter matado sozinho seu pai e sua mãe, que eram PMs, a avó e uma tia-avó dentro de casa -e se suicidado depois.

Luis Marcelo Pesseghini, 40, era sargento da Rota. A mulher dele, Andreia Pesseghini, 36, era cabo do 18º Batalhão. As outras vítimas moravam na casa nos fundos.

O delegado ainda afirmou que se outra pessoa entrasse na casa teria levado as armas. Além disso, para a polícia, o menino matou os pais e parentes e depois foi com o carro da família até a escola onde estudava durante a madrugada. Depois assistiu aula novamente voltou para casa de carona com o pai de um amigo e cometeu suicídio.

A certeza do delegado foi confrontada ontem por uma declaração de um coronel da PM que era chefe de Andreia. O comandante do 18º Batalhão, Wagner Dimas afirmou que a mãe do menino havia denunciado colegas policiais por envolvimento com roubo a caixas eletrônicos. Ele disse não estar confiante que o menino de 13 anos tivesse cometido o crime.

O coronel declarou não descartar a possibilidade de as mortes terem relação com denúncias, embora Andreia não tenha relatado ameaças.

Já o delegado Franco afirmou desconhecer as informações do coronel da PM. O comando da corporação afirmou que não houve denúncia na Corregedoria ou no Batalhão. As declarações de Wagner Dimas serão apuradas.

Cristina Esteche

Jornalista

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