22/08/2023
Cotidiano

“Por que o prefeito constrói teatro e não a escola?” questionam pais de alunos

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Pais de alunos da Escola Municipal Antonio Lustosa de Oliveira em Guarapuava formaram uma comissão no final da tarde desta segunda-feira (1o. de outubro). A mobilização vai buscar uma explicação do prefeito Fernando Ribas Carli sobre o porquê a construção da sede própria ainda não aconteceu e porque foi priorizada a obra do "Barracão Cultural"em detrimento de mais salas de aulas para os estudantes.

Funcionando há 12 anos em sistema compartilhado com o Colégio Visconde de Guarapuava a Antonio Lustosa de Oliveira entrou em colapso. A partir de janeiro de 2013, no próximo ano letivo, alunos ficarão sem aula já que o Visconde não consegue abrir mais salas para suprir a demanda. A única solução será a locação de duas salas em outro espaço.

"O que queremos entender é porque   está sendo construído um teatro no terreno que seria destinado à escola e porque a escola não foi construída primeiro", diz um dos pais presentes à reunião desta segunda-feira.

"Estamos preocupados com o futuro dos nossos filhos", emenda outro api. "Eu tenho mais um afilha para matricular noa no que vem e como vou fazer?"questiona uma mãe.

Esta não é a primeira vez que pais se reúnem para debater o assunto. Recentemente, o auditório do Visconde ficou lotado. "O movimento se perdeu um pouco, mas agora estamos de volta. Na outra vez pedimos a presença da secretária municipal de Educação, mas não obtivemos resposta. Depois, nos mostraram uma maquete da escola e dizem que já tem dinheiro para a obra e é isso que queremos saber", intervem outra mãe.

Em busca dessas respostas, a Comissão vai protocolar  ainda nesta semana um pedido de reunião com a secretária Dorotil Casagrande Melhem. "Já estamos coletando assinaturas num abaixo-assinado e se for preciso vamos ao Ministério Público, vamos às ruas, à Prefeitura. mas queremos uma solução para esse problema. Não podemos esperar mais", diz um dos coordenadores do movimento. Todos fazem questão de enfatizar que o movimento é apartidário. "Não temos nenhum envolvimento com política, mas sim com a educação escolar dos nossos filhos", dizem. A pedido, por enquanto, os nomes não serão revelados.

Cristina Esteche

Jornalista

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