22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Posseiros de área do Guará denunciam ações de milícia armada

Conforme relato das famílias na Alep, a tentativa é despejá-las da área no distrito do Guará onde moram e plantam há mais de 50 anos

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Famílias de posseiros participam de reunião na Comissão de Direitos Humanos da Alep (Foto: gabinete deputado Tadeu Veneri)

Representantes das famílias que vivem da Fazenda Curi, em Guarapuava, denunciam truculência de ‘milícia armada’. Conforme relato, a tentativa é despejá-las da área onde moram e plantam há mais de 50 anos. Para se contrapor a essa ação, os posseiros pedem segurança. Eles dizem que estão sofrendo ameaças.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Rurais, Joel Marcos Gross, a denúncia ocorreu em reunião com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC), Tadeu Veneri (PT) em Curitiba. O encontro contou com a presença do procurador do Ministério Público Olympio de Sá Sotto Maior Neto. Além de representantes do Governo do Estado e da Defensoria Pública.

Conforme os posseiros, a área localizada na Região da Serra da Esperança em Guarapuava, está sendo disputada há décadas. Entretanto, conforme os agricultores, o conflito decorre da falta de demarcação adequada. São 10 mil alqueires. Recentemente, segundo Veneri, a Comissão de Direitos Humanos e a Comissão de Conflitos Fundiários do Tribunal de Justiça fizeram três audiências públicas com a comunidade. O objetivo foi o encaminhamento do processo de regularização dos terrenos, que estão sendo leiloados.

O histórico dessa área mostra que nas décadas de 40 e 50, as transcrições do imóvel foram passadas a Elias J. Curi. Entretanto, segundo Veneri, este nunca exerceu a posse. A partir de 1990, conforme o deputado, as empresas de Curi passaram por problemas financeiros e faliram. Assim sendo, estas transcrições antigas, sem demarcação adequada, foram penhoradas e leiloadas.

ENCAMINHAMENTOS

Por fim, a reunião da CDHC decidiu também comunicar a situação à Defensoria Pública, à Procuradoria Geral de Justiça e o Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Paraná. Assim como a OAB, prefeitura de Guarapuava e o Arcebispo Metropolitano.

Além disso, Veneri encaminhou ofício à Secretaria de Segurança e à Chefia da Polícia Civil relatando a situação e requerendo proteção às famílias.

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Cristina Esteche

Jornalista

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